Educação

Presidente do sindicato das escolas particulares defende retorno escalonado das aulas

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Jorge Tadeu é favorável ao retorno da educação infantil em Salvador  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Rádio Metrople

Publicado em 14/04/2021, às 11h13   Brenda Viana


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O assunto das voltas às aulas em Salvador ainda está em trâmite entre a prefeitura da capital e o governo do Estado. O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Salvador (Sinape), Jorge Tadeu Coelho, disse que a sociedade já tem maturidade para lidar com a pandemia e que seria preciso, sim, um retorno escalonado, mas pensando, também, no setor. 

“Já temos a maturidade de um ano lidando com isso. Uma coisa foi o fechamento dela em março, em abril, outra coisa é lidar com isso agora, um ano depois. É como lidar com o meio ambiente com esse vírus e a sociedade precisa ir voltando. É preciso discutir mais sobre esse retorno em conta gotas para que a gente não penalize o setor educacional”, falou durante entrevista ao programa de José Eduardo na manhã desta quarta (14) na rádio Metrópole. 

Referente aos comentários sobre o retorno das escolas sem se preocupar com os funcionários, Coelho é enfático ao dizer que as críticas são maldosas e não é verdade que as instituições estão visando apenas o financeiro. “As escolas só funcionam com essas pessoas, cada escola com seus coordenadores, professores, diretores, pessoal da limpeza, portaria, alunos. A escola é uma comunidade, é esse coletivo. O que estamos defendendo aqui é que possa haver amostras desses setores que possam funcionar. As escolas não precisam funcionar todas, o fundamental e ensino médio estão funcionando bem através do remoto, mas a educação infantil, não”, comentou.

Ainda durante a conversa, o presidente criticou a liberação do governador para eventos com até 50 pessoas e as escolas ainda não podem voltar. “O governador liberou eventos para 50 pessoas. 50 pessoas são 3 salas de aula de educação infantil. Tem escola pequena que tem 3 salas, 3 de manhã e 3 de tarde, uma escola dessa teria menos risco do que essas 50 pessoas, por que não incluir as escolas? O que nós estamos defendendo é que as escolas sejam priorizadas”, disse.

Mesmo com a volta de vários setores, Jorge Tadeu ainda continuou com as críticas contra o governo municipal e estadual e ainda reforçou que as escolas particulares já estão se preparando para esse retorno há um ano. “As escolas, se conhecerem os indicadores como referência, já foi pedido ao governo estadual para que ele apresente as condições do retorno das escolas. Ocupação de quantos por centos dos leitos? quantos óbitos? Enfim, é preciso, na nossa opinião, e creio que é um sentimento da sociedade, é preciso ter indicadores e metas, não dá para gente ficar sem saber em que condições voltaríamos. A sociedade precisa se preparar. ‘Olha, se chegar tanto, a gente volta às escolas, praias. A sociedade tem esse direito de saber essa informação”.

Além disso, ele reforçou que os casos nas crianças são baixos, podendo fazer um retorno escalonado na educação infantil. “É muito baixa a incidência de Covid em crianças. As crianças transmitem pouco e pegam pouco, e por isso nós estamos defendendo que haja esse retorno pelos pequenos, cujo organismo é o que melhor se defende desse vírus”, finalizou.

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