Educação

Corte salarial não intimida professores

Gilberto Júnior
Categoria mantém greve por tempo indeterminado e exigência de aumento de 22%  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior

Publicado em 28/04/2012, às 09h51   Guilherme Vasconcelos




Em greve há 16 dias, os professores da rede estadual de ensino permanecem acampados na Assembleia Legislativa da Bahia e não aceitam voltar ao trabalho até que o Governo do Estado retome as negociações salariais com a categoria.

A posição dos profissionais da educação não será alterada mesmo com a suspensão do pagamento dos dias não trabalhados, anunciada nesta sexta-feira (26) pela Secretaria de Administração do Estado em cumprimento à determinação judicial.

O corte no ponto foi aplicado aos profissionais das escolas em que as Diretorias Regionais de Educação comprovaram paralisação total das atividades. “Eles podem cortar nosso salário, mas não vão cortar nossa dignidade”, afirmou o coordenador da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia), Rui Oliveira, em conversa com o Bocão News. Ele também confirmou que os docentes permanecem unidos e não há prazo para a paralisação terminar.

Na manhã desta sexta, a categoria se dirigiu até a Governadoria para entregar documento solicitando a retomada das conversas com o governo. “Também colocamos cruzes na Assembleia com os nomes dos deputados que votaram contra a educação baiana”, disse Rui. A próxima reunião dos professores será realizada na quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa.

A categoria protesta contra a aprovação do projeto de lei nº 19.779/12, que concederá aumento de 3% em 2013 e 4% em 2014. Os docentes reivindicam reajuste de 22,22% e cobram o cumprimento de acordo assinado com o Governo do Estado no ano passado. O governo, por sua vez, alega não ter recursos para conceder o aumento.

Foto: Gilberto Júnior// Bocão News


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