Rui Oliveira diz que professores irão resistir ao que chamam de "opressão ao movimento grevista" |
Publicado em 17/07/2012, às 20h14 Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)
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Mesmo sem luz, sem ar condicionado e com as mínimas condições para permanecerem na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) após 98 dias de greve, os professores prometem resistir. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Rui Oliveira, em entrevista ao Bocão News, afirmou que o sentimento dos professores é de indignação, diante da pressão que está sendo feito pelo presidente da Alba, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), para que a Casa Legislativa seja desocupada.
“Não invadimos a Assembleia. Ocupamos, inclusive com a anuência de Nilo, e agora após quase 100 dias ele está achando ruim? Vamos resistir mesmo com todas as adversidades impostas. Os professores estão indignados com a tentativa de minar e oprimir o movimento. Vamos resistir”, afirmou Rui Oliveira.
O presidente da Assembleia Legislativa pediu judicialmente a reintegração de posse do prédio. A Justiça é que vai determinar se os professores serão ou não retirados da Assembleia Legislativa. “Estamos aguardando a decisão judicial. Não tenho como saber se o resultado sairá ainda nesta terça-feira, mas a decisão deve ser divulgada ainda esta semana”, declarou.
Rui Oliveira também relatou que, precisamente às 21h30, as luzes e o ar-condicionado foram desligados “para tentar minar o movimento grevista”. Após os cortes, os professores, revoltados, protestaram e, inclusive, gravaram no escuro um vídeo com uma paródia das ‘professoretes’ em que diziam que o candidato petista a prefeito de Salvador, Nelson Pelegrino, não iria se eleger.
Já o presidente da Assembleia parece ter perdido a paciência com os professores. “Tudo tem limite e 96 dias é demais e já passou do limite. O Poder Judiciário foi acionado como havia prometido. Tem três meses que não consigo realizar um evento aqui no salão Nestor Duarte. Não é justo que a Assembleia Legislativa seja um lugar para abrigar grevistas por tanto tempo”, disparou.
MP e TJ “saem do circuito”
Prestes a completar 100 dias de greve, mais uma notícia ruim para os estudantes que estão prestes a perder o ano letivo. Após a tentativa de mediação para o fim da greve dos professores da rede estadual de ensino realizada pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) em parceria com o Tribunal de Justiça da Bahia, representantes dos dois órgãos decidiram encerrar as negociações com os servidores estaduais e o governo do estado.
Em nota pública, MP e TJ-BA informaram que nas três reuniões realizadas com as partes interessadas não houve obtenção de um consenso que resultasse no fim da greve, que chega ao 98º dia nesta terça-feira (17).
Os mais prejudicatos com a greve dos professores, os estudantes, continuam esperando por melhores notícias após quase 100 dias de paralisação da rede estadual de ensino.
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Mesmo sem luz, sem ar condicionado e com as mínimas condições para permanecerem na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) após 98 dias de greve, os professores prometem resistir. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Rui Oliveira, em entrevista ao Bocão News, afirmou que o sentimento dos professores é de indignação, diante da pressão que está sendo feito pelo presidente da Alba, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), para que a Casa Legislativa seja desocupada.
