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Os professores da rede municipal de ensino decidiram não entrar em greve e iniciar o ano letivo na próxima segunda-feira (14), cumprindo o calendário estabelecido pela Secretaria Municipal de Educação. A decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (7) no ginásio dos Bancários, nos Aflitos.
Os professores pressionam a prefeitura de Salvador desde o início do ano e chegaram a entregar ao secretário da Educação, João Carlos Bacelar, um documento com as principais reivindicações da categoria para que não houvesse greve.
De acordo com a diretora do sindicato dos Professores (APLB), Elza Melo, Bacelar garantiu que vai atender às exigências da categoria. “Nós avaliamos as garantias e acreditamos que tudo vai correr bem”, afirmou.
Ainda segundo Elza, as prioridades são: a segurança nas escolas, o pagamento dos terceirizados que prestam apoio e o plano de saúde dos educadores.
“Vamos continuar a jornada pedagógica para estabelecer uma espécie de dossiê para cada unidade de ensino”, revelou. A ideia dos professores é levantar quais as necessidades das escolas e apresentar para o secretário.
Bacelar reafirmou o compromisso de subir o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que atualmente está em 3.7 para os 4.5. “Vou sentar com cada diretor e apresentar um plano de metas para atingir o índice. Nestas reuniões, cada um vai ter a oportunidade de dizer o que precisa para que os novos objetivos sejam alcançados”.
O secretário garantiu que os pagamentos já foram feitos e que a guarda municipal vai assumir a segurança de parte das escolas. Apesar de não ter expediente suficiente para cobrir todas as escolas, Bacelar revela que há um plano alternativo. “Nós vamos tentar remanejar vigilantes de outros lugares da prefeitura para as escolas. Tem algumas escolas onde não há necessidade de vigilante. Não é em todas unidades que é preciso ter segurança. Agora, agente de portaria nós teremos”.
Sobre a quantidade de professores tida como insuficiente, atualmente são cerca 6.4 mil, Bacelar disse que medidas estão sendo adotadas. “Os 1.6 mil professores aprovados no último concurso devem estar em sala de aula em maio. Até lá, infelizmente, vamos utilizar estagiários. Não é a melhor solução do ponto de vista pedagógico, mas é parte de um processo que vai dar certo. Estou confiante neste choque de gestão”, concluiu.
Os professores já agendaram nova reunião para a próxima terça-feira (15). “Vamos iniciar as aulas para ver como estarão as escolas e depois vamos discutir o que fazer”, disse Elza.
Foto: Aristeu Chagas // Bocão News
