Educação

Em nota, Marista responde sobre denúncia da menina espancada pelos colegas

Imagem Em nota, Marista responde sobre denúncia da menina espancada pelos colegas
Segundo a direção, "o colégio atendeu e acompanhou de perto os familiares"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/05/2014, às 06h09   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


FacebookTwitterWhatsApp

Quatro meninos de apenas seis anos batem na colega, da mesma idade, dentro do Colégio Marista, em Salvador. A denúncia que chegou na terça-feira (20) ao site Bocão News através da mãe da menina que teria sofrido as agressões ganhou repercussão em todo Estado e chamou a atenção para a postura das crianças dentro da escola, bem como, o acompanhamento que é feito pelas instituições educacionais.
Ontem, em relato, a mãe afirmou que "já estava desacreditada da escola e pensei em tirar ela de lá. Só que ia fazer isso no final do ano. Quando chego em casa e vejo as marcas no corpo de minha filha. Enlouqueci! Depois de umas duas horas conversando com minha filha, eu e minha mãe tentando fazer ela contar e eu já chorando de desespero. Aí ela me contou que quatro meninos da sala dela estavam pegando ela a força para beijar na boca e, por isso, ela contou para o diretor. Contou para ele que estava muito triste pois os meninos estavam pegando ela a força e ela não queria. Ela contou ao diretor, pois ele tem o costume de passar nas salas para ver as coisas. Aí ele mandou ela falar com a professora. os meninos viram quando minha filha contou o caso para o diretor e na hora do intervalo bareram nela. Bateram e ainda ameaçaram dizendo que se ela voltasse a contar ia se ver com eles novamente e beijaram ela à força. Eles saíram e deixaram ela no chão, que se manteve sentada abraçando a perna e de cabeça entre os joelhos chorou baixinho para ninguém ver, pois estava morrendo de medo. Parecia que tinham batido nela com um fio", contou.
Entretanto, em nota enviada ao Bocão News, a direção do Marista afirma que "no caso mencionado na mídia, o colégio atendeu e acompanhou de perto os familiares e fez o atendimento necessário para garantir a boa convivência da estudante no ambiente escolar, colocando-se à disposição dos pais para o diálogo e esclarecimento de dúvidas". 
Todavia, a mãe, que enviou as fotos ao site Bocão News, disse que não irá processar o Marista, porém vai dar uma queixa no Conselho Estadual de Eduacação contra o colégio. Para a mãe, a preocupação é com a atitude das crianças de apenas seis anos e que agridem o colega. "Sáo crianças? Eles têm noção do que estão fazendo. Um deles foi o mesmo que deu o murro nela", afirmou, ressaltando que tirou a filha do Marista por medo. "Fiquei com medo que ela fosse perseguida. Isto é um absurdo e não pode se repetir", reforçou.
A direção acrescentou ainda que "é prática constante da equipe pedagógica do Colégio acompanhar os estudantes em processo de adaptação, conforme a faixa etária, em contato direto com os pais e responsáveis. Em caso de conflitos entre colegas, que são acompanhados diariamente pelas equipes diretiva, pedagógica e disciplinar, busca-se a conciliação em parceria com a família, assim como nos casos que comprometam o bem-estar da comunidade educativa. A proposta pastoral pedagógica da unidade educacional prioriza a realização de projetos educativos para despertar, nos estudantes, valores e atitudes como o cuidado e o respeito ao próximo. Promove, ainda, iniciativas para garantir espaços de diálogo entre o Colégio e a comunidade educativa, em que se discutem relações individuais e interpessoais. Assim, reafirma o compromisso com a proteção integral das crianças e adolescentes", afirmou.

Publicada no dia 21 de maio de 2014, às 14h49

Classificação Indicativa: 18 anos

FacebookTwitterWhatsApp