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Antes de insinuação de Geddel, Bruno Reis respondeu se deixaria Prefeitura para ACM Neto em 2024; assista

Arquivo/Max Haack
Bnews - Divulgação Arquivo/Max Haack

Publicado em 20/10/2022, às 19h49   Eduardo Dias e Henrique Brinco


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Durante entrevista ao Podzé desta semana, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) insinuou que o futuro político de ACM Neto (UB), caso perca eleição para Jerônimo Rodrigues (PT) no próximo dia 30, é tentar voltar à Prefeitura de Salvador, a qualquer custo, como candidato em 2024 no lugar do atual prefeito Bruno Reis (UB) - que tem o direito a concorrer à reeleição. 

Na entrevista, o cacique emedebista fez uma previsão sobre o que pode ocorrer dentro da base do União Brasil na capital. Segundo ele, com uma eventual derrota nas eleições, ACM Neto completará em, 2024, quatro anos sem mandato, o que pode enfraquecê-lo politicamente dentro do grupo. 

"Acho que Neto perdendo a eleição ele fica sem espaço federal. Eu creio que Lula vai ganhar a eleição. Com Bolsonaro ganhando, ele também não teria espaço, o espaço é de Roma, que pode enganar muitos, mas não a mim. Vai ser uma briga complicada e o que pode acontecer é ele querer tomar a prefeitura de Bruno em 2024. Pelo o que eu conheço da política, vai começar ter ali uma briga interna com Neto querendo o 'apito', sem espaço, e Bruno querendo preservar. E você vai começar ali a ter uma briga entre dois grupos que são muito fortes na prefeitura", disse Geddel, em previsão sobre os rumos da política soteropolitana. 

"O Doutor Michel Reis [irmão de Bruno], que exerce uma influência muito forte nas coisas de Bruno, e o Lucas Cardoso, que também exerce uma influência muito forte nas coisas que tramitam na prefeitura. Esses grupos vão se engalfinhar e acho que vai ser pena para tudo quanto é lado. Neto vai querer o lugar, pois vai estar há quatro anos sem espaço federal, só cuidando das empresas, ele desidrata muito em sua perspectiva política. Não acho que seria questão de lealdade ele entregar a prefeitura, passa a ser uma subserviência", afirmou.

"Não sei se Bruno teria isso. É um direito dele disputar a eleição. A lei permite. Seria submeter Bruno a uma humilhação muito forte ter que renunciar. Na hora que faltar espaço para um, é salve-se quem puder", completou o ex-ministro.

No entanto, antes da insinuação de Geddel nesta semana, Bruno Reis respondeu, também ao Podzé semanas antes, se abriria caminho para ACM Neto voltar à Prefeitura de Salvador, em caso de derrota para Jerônimo, abrindo mão de disputar a reeleição.

"Quem me botou lá não foi ele, foi o povo. Eu tive a ajuda dele, mas lutei muito para ser prefeito, para ser candidato. Inclusive quando ele fez a pesquisa para ser candidato com o meu nome, o de Guilherme Bellintani, de Leo Prates, de Geraldo Júnior, e eu tinha mais de 20%. Ele dizia que só seria o candidato se fosse para ganhar, que tinha consciência do meu papel dentro do grupo e no projeto. Nós estamos há 20 anos nesse projeto. João Roma estava também na pesquisa", disse Bruno.

"Dentro do nosso grupo, eu fui o melhor posicionado na pesquisa. Fui escolhido, construímos a aliança toda e mantemos o grupo unido. Primeiro, eu não sei se serei candidato à reeleição ou não. Segundo, eu só serei se for da vontade do povo. Minha relação com Neto é a de dois jovens que começaram juntos na vida pública", relembrou o prefeito, na ocasião, evitando polemizar sobre o tema neste ano. 

Neto terminou o primeiro turno da eleição com 40% dos votos - nove pontos percentuais atrás de Jerônimo Rodrigues, que ficou com 49%. Desde então, o herdeiro carlista vem perdendo apoios de prefeitos e aliados, lançando preocupação no grupo de oposição.

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