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Bolsonaro foge de pergunta, mente sobre urnas e não responde se aceitará eventual derrota

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Em sabatina na Record, perguntado se aceitará derrota nas urnas, Bolsonaro se esquivou e voltou a fazer ataques ao TSE  |   Bnews - Divulgação Reprodução/RecordTV
Daniel Brito

por Daniel Brito

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Publicado em 26/09/2022, às 21h29 - Atualizado às 21h31


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O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), foi perguntado mais uma vez nesta segunda-feira (26), durante sabatina no Jornal da Record, se irá aceitar ou não o resultado das eleições presidenciais em caso de uma eventual derrota no próximo domingo (2).

Ao ser perguntado pelo apresentador Eduardo Ribeiro por suas declarações contraditórias sobre as urnas eletrônicas, Bolsonaro se esquivou e fez novos ataques ao seu principal oponente, o ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto.

"Eu vou esperar o resultado. Nas ruas, eu nunca vi falar de um candidato que tem 45% das intenções de voto sem poder sair às ruas, sem poder se dirigir ao público. E o que é democracia? É a vontade popular. A gente não está vendo a vontade popular expressa nos institutos de pesquisa, em especial o Datafolha, e muito menos no TSE", disse.

O presidente atacou também ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). "Os juízes que tiraram o Lula da cadeia e o tornaram elegível são exatamente os mesmos que conduzem o processo eleitoral brasileiro e que tudo dificultam para que a comissão de transparência eleitoral consiga participar para evitar a possibilidade de questionamentos ao término das eleições", afirmou.

Bolsonaro voltou a citar o inquérito da Polícia Federal que investiga um ataque hacker ao TSE nas eleições de 2018 e também acusou a Corte Eleitoral de "má vontade" com as Forças Armadas.

"Assim como hoje em dia você não tem como comprovar um processo eleitoral, o outro lado não tem como comprovar que ele foi sério também. Quando a Polícia Federal pede os logs, sete meses depois o TSE informa que foram apagados por uma empresa terceirizada que fez os controles daquilo".

Apesar da declaração, nenhum ataque capaz de alterar o resultado das urnas foi identificado no Teste Público de Segurança (TPS) concluído pelo TSE em maio deste ano. O ex-secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal, Giuseppe Janino, já afirmou também que o ataque hacker não interferiu no resultado das eleições, como Bolsonaro costuma propagar.

"Convidaram as Forças Armadas, foi uma briga para aceitarem as sugestões. Uma má vontade enorme do TSE para buscarmos diminuir as chances de fraude. Na última cartada, tomei conhecimento que eles, a Controladoria-Geral da União e o Ministério da Justiça informaram ao presidente do TSE a relação de nomes de técnicos que querem que estejam presentes dentro da sala-cofre por ocasião das eleições. Acho que, com isso, a chance de fraude não zera, mas chega próxima a zero. Zerado somente com voto impresso, assim como acontece nas eleições do Paraguai", finalizou.

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