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Integrante do MBL agredido na Paulista estava infiltrado em grupos do PSOL

Danilo Verpa/Folhapress
Nas mensagens ele pergunta a respeito da agenda de Boulos e manifesta vontade de comparecer a eventos do PSOL  |   Bnews - Divulgação Danilo Verpa/Folhapress

Publicado em 26/09/2022, às 18h47   Guilherme Seto/ FolhaPress


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O adolescente de 15 anos, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre), que foi agredido por apoiadores de Guilherme Boulos na avenida Paulista neste domingo (25) estava infiltrado em grupos do PSOL e enviava mensagens perguntando o paradeiro do candidato a deputado federal.

Nas mensagens obtidas pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, enviadas a partir de agosto, o adolescente se passa por um apoiador do PSOL, pergunta em diferentes ocasiões a respeito da agenda de Boulos e manifesta vontade de comparecer a eventos.

Para os apoiadores do líder do MTST, a presença do adolescente nos grupos e seu interesse particular no líder sem-teto demonstram a intenção de gerar conflito.

O rapaz disse à coluna Painel que de fato estava nos grupos e que seu objetivo era encontrar Boulos e questioná-lo politicamente. Ele diz que agiu por iniciativa própria, sem conhecimento do MBL.

"Entrei nos grupos de apoio ao Boulos com objetivo de encontrar o mesmo e realizar o questionamento. Realizei essa investigação por iniciativa própria com o objetivo de expor a hipocrisia da esquerda, mas nunca com esse objetivo de causar confusão", afirmou.

"Perguntei ao Boulos se ele é um adepto da democracia porque defende regimes ditatoriais como o de Cuba, no qual ninguém pode se manifestar. Fiz essa pergunta pois acho um absurdo ele alegar ser um defensor da democracia e demonstrar o contrário. O próprio MTST, movimento defendido pelo Boulos, depreda o patrimônio público em suas manifestações. Indignado com isso, decidi por iniciativa própria questionar ele", completa.

Membros do PSOL encontraram mensagens do final de 2020 em que o rapaz pedia uma entrevista com Boulos.

"Agora me recordo deste fato, convidei o até então pré-candidato à prefeitura da cidade para uma entrevista", diz o adolescente.

O MBL diz que não sabia que o integrante estava infiltrado nos grupos do PSOL, nem que faria o questionamento e que ele estava com os pais na avenida Paulista.

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