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Bolsonaro recicla slogan de 2018 e tenta mostrar força com prefeitos

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Em pronunciamento à imprensa, o candidato à reeleição reciclou um slogan de 2018  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Publicado em 10/10/2022, às 14h02   Hanrrikson de Andrade e Giovanna Galvani// Folhapress


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O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu continuidade nesta segunda-feira (10) à exibição de alianças construídas para a reta final da corrida presidencial e levou ao Palácio da Alvorada, residência oficial da chefia do Executivo, em Brasília, os prefeitos Rodrigo Maganhato, o Manga (Republicanos), e David Almeida (Avante). Em pronunciamento à imprensa, o candidato à reeleição reciclou um slogan de 2018 -"mais Brasil, menos Brasília"- na tentativa de mostrar força com os gestores municipais visando ao segundo turno.

Segundo Bolsonaro, antes de seu mandato (iniciado em janeiro de 2019), "era comum" na capital federal ver prefeitos de todas as regiões do país percorrendo gabinetes em busca de recursos federais.
"Era comum aqui em Brasília. Estou há 28 anos como parlamentar. Romaria de prefeitos com o pires na mão buscando dinheiro do chefe do Executivo. Com a política do Paulo Guedes, 'menos Brasília e mais Brasil', isso começou a mudar. Você não acha, eu desconheço, prefeitos que tenham atrasado a folha de pagamento do décimo terceiro, por exemplo.

"No encontro com Almeida, Bolsonaro disse ter resolvido pendências em relação às negociações para cobrança de tributos na Zona Franca de Manaus.

"Obtive todas as respostas necessárias", declarou o prefeito, sem explicar detalhes do acordo.
Em 16 de setembro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes revogou medida cautelar concedida por ele próprio, em maio deste ano, que havia suspendido a redução da cobrança do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão fez com que o decreto editado por Bolsonaro permitindo a redução do IPI apenas para produtos que não concorram com os da Zona Franca de Manaus voltasse a valer.

É do interesse da Prefeitura de Manaus, portanto, que a situação não seja alterada caso o atual governante federal seja reeleito. Indagado nesta segunda sobre as negociações, Bolsonaro declarou apenas que "está tudo resolvido".

"No primeiro turno, não caminhei com o presidente, isso é fato. Mas agora, tratando-se do futuro do nosso país e investimentos, na Zona Franca de Manaus, obtive do presidente aquilo que o povo do Amazonas precisava ouvir", disse Almeida, que é de um partido (Avante) que está na coligação do adversário no segundo turno da disputa presencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Tenho autonomia dentro do partido", comentou ele.

"Nosso modelo de desenvolvimento da Zona Franca preserva 97% da floresta amazônica. De cada R$ 1 de imposto que se libera para o Amazonas, devolvemos R$ 1,30. Arrecadamos 45% de todos os impostos federais no Norte do país graças a esse modelo de desenvolvimento. É o modelo mais exitoso de preservação ambiental do planeta. Estamos batalhando para manter floresta em pé, e a Zona Franca é primordial."

JOGO DO PALMEIRAS

Bolsonaro também disse nesta segunda que pode comparecer ao estádio Antônio Accioly, em Goiânia, para a acompanhar a partida entre Atlético-GO e Palmeiras, válida pelo Campeonato Brasileiro. O presidente é torcedor do clube paulista.

Segundo ele, a ideia é tentar agilizar os compromissos marcados durante a tarde de hoje para tentar se livrar a tempo. Ele também destacou o cansaço dos últimos dias como um possível obstáculo.
"Se a carcaça aguentar, eu vou."

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