Campanha de ACM Neto usa EBDA para tentar diminuir vantagem de Jerônimo na Bahia

A campanha do candidato ao Governo do Estado, ACM Neto (UB), usou, em seu segundo programa de TV do segundo turno, a extinta Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA), para tentar diminuir vantagem de seu adversário, Jerônimo Rodrigues (PT).

O ex-prefeito, inclusive, acusa o ex-secretário de Desenvolvimento Rural de ser o responsável pela extinção da estatal. A empresa, que tinha 50 anos de atividade, foi extinta em 24 de setembro de 2016.

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“Eu, sendo eleito, assumo aqui o compromisso de recriar a EBDA. Vamos trazer de volta a empresa pública que apoiava o agricultor. Vamos restabelecer o suporte técnico. Vamos pegar o técnico e colocá-lo no interior, na zona rural, para que ele ensine, principalmente agregando isso às novas tecnologias. Para que, assim, a gente possa ampliar a produção da agricultura familiar e, sobretudo, assegurar que você, pequeno produtor, tenha condições de vender mais. Essa é a forma da gente incluir milhões de pessoas na economia ativa da Bahia, tirando baianos da pobreza e da miséria. Oferecendo a essas pessoas oportunidade de vida”, afirmou ACM Neto no programa.

No domingo (9), no entanto, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) suspendeu a veiculação da propaganda após a peça atribuir a Jerônimo Rodrigues o fim da EBDA, há cerca de sete anos.

Os advogados da coligação de Jerônimo argumentaram que a campanha de ACM Neto utilizou de um recurso chamado trucagem, uma vez que o ex-secretário de Educação, também titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), assumiu o posto quando a Empresa já tinha sido extinta.

"A propaganda faz uso de recurso de computação gráfica com efeito de trucagem, e efeitos de vídeo (...) tudo com nítido intuito degradar e ridicularizar o representante perante o eleitorado", aponta um trecho do documento.

No programa de TV, ACM Neto traz imagens de equipamentos da EBDA que estão abandonados desde 2015, além de depoimentos de agricultores. 

Apesar de autorizar a retirada da peça do ar, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) negou dois pedidos de direito de resposta feito pela campanha de Jerônimo. As decisões foram do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, apontando que não houve o excesso alegado pelo petista na peça.