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Campanha de Bolsonaro gasta mais de R$ 140 mil para rebater acusação de pedofilia

Agência Brasil
O investimento foi para promover anúncios com os dizeres “Bolsonaro NÃO é pedófilo”  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 16/10/2022, às 15h02   Camila Vieira


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Pelo menos R$ 145 mil foram gastos até o fim da manhã deste domingo (16) pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para promover anúncios com os dizeres “Bolsonaro NÃO é pedófilo”. A investida acontece horas antes do primeiro debate do segundo turno da disputa presidencial e tem intuito de rebater as acusações de pedofilia que viralizaram na internet graças a uma entrevista recente em que ele cita meninas venezuelanas e diz que “pintou um clima”.

A equipe do presidente promoveu três anúncios semelhantes, sendo que dois deles já foram exibidos mais de 10 milhões de vezes. A ferramenta de publicidade política do Google não informa o valor exato gasto pela campanha, somente a faixa de preço. Duas propagandas custaram entre R$ 70 mil e R$ 80 mil, e uma, entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. As três foram exibidas em todo o território nacional, sem demais segmentações de público.

As propagandas redirecionam para um site chamado “Verdades do Bolsonaro”, em que há um texto buscando explicar o episódio e afirmando que a declaração sobre meninas venezuelanas foi tirada de contexto. A polêmica começou após uma declaração do presidente a um podcast na sexta-feira, 14. Respondendo a uma pergunta sobre a hipótese de o Brasil se tornar comunista numa eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, ele insinuou que meninas venezuelanas têm de se prostituir no Brasil para “ganhar a vida”.

Bolsonaro relatou que, em 2020, estava andando de moto em Brasília quando viu meninas “arrumadinhas” de “14, 15 anos”, até que “pintou um clima” e ele pediu para entrar na casa delas.

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