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Caso Paraisópolis: Assessor de Tarcísio que mandou apagar vídeo de tiroteio é identificado

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O áudio revelando a ordem foi noticiado pela Folha de São Paulo, logo após Tarcísio usar o ocorrido como um atentado contra sua equipe  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 28/10/2022, às 10h42   Cadastrado por Daniela Pereira


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O assessor da campanha para Governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) que mandou o cinegrafista, Marcos Andrade, apagar as imagens de um tiroteio em Paraisópolis, favela na zona oeste de São Paulo, foi identificado.

De acordo com informações do Intercept, Fabrício Cardoso de Paiva, um agente licenciado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é o dono da voz que conversa com o funcionário da Jovem Pan.

Em nota ao Intercept, a Abin afirmou que Fabrício está afastado. “O trabalho atual deste servidor não é desempenhado em nome da agência, a qual não tem qualquer ingerência sobre a segurança da campanha do candidato. A Abin reitera que não há nenhum servidor em exercício na Agência exercendo a função de segurança de candidatos a governos estaduais”, afirmou.

O áudio foi noticiado pela Folha de São Paulo, logo após Tarcísio usar o ocorrido como um atentado contra sua equipe, durante um ato de campanha no local. Na gravação, Fabrício pergunta ao cinegrafista: “Você filmou os policiais atirando?”. O cinegrafista responde: “Não, trocando tiro efetivamente, não. Tenho tiro da PM para cima dos caras”. Em seguida o assessor ordena: “Você tem que apagar”.

ENTENDA O CASO 

O caso aconteceu no último dia 17, momentos depois de tiros interromperem uma agenda do candidato a governador.

Profissional a serviço da Jovem Pan, com experiência em coberturas difíceis e em áreas de conflito, Marcos Andrade foi o único a flagrar os momentos mais tensos do episódio, o que inclui pessoas à paisana atirando após rajadas supostamente disparadas por criminosos.

EM depoimento ele afiremou que, ao chegar à base de campanha do candidato, foi abordado com a ordem para apagar imagens que flagrariam membros da equipe. Desconfiado, gravou a conversa.

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