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Chapa de Lula em São Paulo deve ter empresário milionário preso na Lava-jato; saiba quem é

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Postulante foi o único empresário convidado de Lula para seu casamento com Lula  |   Bnews - Divulgação Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Publicado em 15/07/2022, às 10h18 - Atualizado às 10h19   Vinícius Dias


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Após Márcio França (PSB) topar abrir mão de sua candidatura ao governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad (PT), é hora do pré-candidato finalizar a montagem da chapa, que ainda tem duas vagas restantes: a vice do próprio Haddad e o primeiro suplente de França.

Este último cargo tem como nome mais forte um empresário que foi preso na Operação Lava Jato e pagou mais de R$200 milhões em fiança para deixar a cadeia.

O empresário nunca se candidatou a nenhum cargo público, mas é próximo a políticos e tem boas relações, como a do próprio ex-presidente Lula (PT): inclusive, o postulante foi o único empresário convidado para o casamento de Lula e Janja.

Dono da Qsaúde, José Seripieri Júnior, conhecido como Júnior Seripieri ou Júnior da Qualicorp, também foi anfitrião de dois jantares reunindo Lula com empresários e se filiou ao PSB sem alardes, como descreve o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Assim como Lula, o empresário foi preso na Lava-Jato. Ele foi detido no dia 21 de julho de 2020 acusado de integrar um esquema de caixa 2 para a campanha de José Serra (PSDB) ao senado, em 2014.

Júnior da Qualicorp foi solto após delação premiada e pagamento de multa. Segundo a coluna, esse problema penal é o que traz a maior dúvida sobre a candidatura de Júnior da Qualicorp pelo risco de impugnação por ficha suja pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

À época da prisão, segundo informações da colunista Bela Megale, também do jornal O Globo, Júnior era considerado pelos investigadores peça-chave e com potencial de abrir novas frentes das investigação envolvendo nomes de peso da política, em especial do PSDB, já que atuava muito em São Paulo. 

Somando-se à relação que teve com os governos Lula e Dilma, o empresário foi considerado um 'homem-bomba' para a força-tarefa que hoje enfrenta problemas de credibilidade por acusações como a de violar garantias processuais.

Caso ele consiga se candidatar, se torna um nome forte para assumir cadeira no Senado após uma eventual vitória de França. Isso porque o ex-governador de São Paulo é cotado para assumir uma cadeira em ministério em caso de vitória de Lula nas eleições presidenciais.

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