Ciro Gomes revela como pretende furar polarização Lula-Bolsonaro: "não sei"

Há tempos que uma série de candidatos e candidatas tenta se colocar como uma opção forte e viável em oposição tanto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nomes como João Doria (PSDB), que desistiu de pleito, e presidenciáveis a exemplo de Soraya Thronicke (União Brasil), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) lutam para tentar furar a bolha da disputa entre os dois que já sentaram na cadeira máxima do Planalto.

Ciro é o maior expoente desse grupo, mas não consegue passar dos 11% de intenção de voto e vê a dupla se distanciar cada vez mais. Já tinha sido assim nas eleições de 2018, em que Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) tomaram as atenções.

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Durante entrevista à rádio Metrópole na manhã desta quarta-feira (14), Ciro Gomes revelou como pretende furar a bolha polarizadora e não economizou no sincericídio para dizer um sono: "nã sei, francamente". Mas, ao mesmo tempo, disse que não vai desistir de encontrar uma maneira de 'sensibilizar o coração do eleitor'.

"Se eu fosse me render a minha humildade, eu deveria lhe dizer: não sei. Não sei francamente como fazer isso. Eu estou pensando em fazer a minha parte. Acordei às 5h30 da manhã, vou fazer uma caminhada pela Bahia com Ana Paula, vou para o Recife, depois para Campina Grande. Não me deixam humilhar, nem abater", afirmou o ex-ministro, que tenta a presidência pela quarta vez.

O candidato do PDT voltou a culpar o ex-presidente Lula pela atual crise econômica. "Lula fez sua parte e tal, mas será que existiria Bolsonaro se não fosse a gravíssima decepção que o nosso sofrido povo tem passado pela crise econômica que está aí. Foi Lula no conchavo dele que colocou a Dilma, sem nenhuma vocação política, com o Michel Temer de vice, para manter o mesmo modelo econômico e a mesma gente para ser um desastre para o país", declarou Ciro Gomes.