Eleições / Eleições 2022
Publicado em 16/07/2022, às 14h36 Redação BNews
O deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) interrompeu, junto com assessores, uma caminhada do grupo com a participação do pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), na manhã deste sábado (16).
De acordo com o UOL, a acusação foi feita por pré-candidatos de esquerda que estavam no evento e, segundo relatos, Amorim estava acompanhado de assessores armados e encurralou os participantes da caminhada na Praça Saens Peña, na capital fluminense.
Conforme as testemunhas, Amorim e seus apoiadores chegaram à agenda da aliança da esquerda gritando "traficantes e marginais". Os relatos indicam que, ao serem chamados de "milicianos", os homens se exaltaram, quebraram bandeiras e mostraram que estavam armados. Não há relatos de feridos.
Em uma rede social, a pré-candidata a deputada estadual, Elika Takimoto (PT), publicou um vídeo (confira abaixo) que mostra uma discussão entre Amorim e um militante de esquerda, não identificado.
No trecho de menos de um minuto, é possível ver troca de xingamentos e o deputado do PTB acompanhado por um grande grupo de homens, que também faziam filmagens.
"Eles chegaram como em um batalhão, encurralaram o grupo no meio da feira e mostraram armas. Eles querem violência e ódio, não querem debater política", afirmou o também pré-candidato à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Tiago Prata.
Rodrigo Mondego (PT), também postulante a uma vaga na Casa Legislativa fluminense, disse que o grupo em que Amorim estava, além de fazer ameaças verbais, também "apontou dedo" para militantes e quase derrubou barracas de feirantes que estavam no local. "O nosso medo é sermos mais um Marcelo Arruda", contou.
Os pré-candidatos foram até a delegacia no fim da manhã. De acordo com eles, Marcelo Freixo saiu do local pouco após a chegada de Amorim e não estava presente na hora de maior confusão. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Resposta
Por nota, Rodrigo Amorim disse que estava em um "ponto de encontro para irem a um evento do PTB em São Cristóvão" e foi ofendido pela equipe de Freixo. Ele reclamou ainda que o pessebista estava "em campanha antecipada".
O parlamentar bolsonarista ganhou notoriedade na campanha à Alerj em 2018. Na ocasião, junto com o então candidato a deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), ele quebrou uma placa de homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em março daquele ano.
Também segundo o UOL, no início deste mês, o petebista foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por violência política de gênero. A ação é motivada por ataques transfóbicos feitos por ele em plenário contra a vereadora Benny Briolly (PSOL-RJ), de Niterói (RJ).
Em discurso no plenário da Alerj em 17 de junho, Amorim chamou a vereadora de "aberração" e "boizebu" pela sua identidade de gênero.
Segue uma parte do que acabamos de enfrentar aqui. Precisamos de segurança para fazer nossa campanha! Nem começou e já estamos assim?! pic.twitter.com/2xqVaRznwi
— Elika Takimoto (@elikatakimoto) July 16, 2022
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