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Doria fala em vaivém planejado para ter apoio do PSDB e cita fim de ameaça de golpe

Agência Brasil
Governador de São Paulo confirmou que deixará o cargo para concorrer à Presidência e criticou articulação em torno do nome de Eduardo Leite  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 31/03/2022, às 19h31 - Atualizado às 19h47   Folhapress


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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (31) que houve um planejamento para conseguir um apoio explícito do PSDB ao resultado das prévias, que definiu seu nome como candidato do partido à Presidência da República nas eleições deste ano. A fala ocorreu em referência ao vaivém de informações que circulou nesta quinta sobre a possibilidade do tucano ficar no Governo de São Paulo e desistir da candidatura à Presidência.

Doria também acusou a articulação em torno do nome de Eduardo Leite (PSDB) de golpista.
"Não houve desistência, houve sim um planejamento para que pudéssemos ter aquilo que conseguimos, o apoio explícito do PSDB através do seu presidente Bruno Araújo. A carta que ele assinou hoje não deixa nenhuma dúvida. Nem agora nem depois", disse.

"Hoje ficou claro através dessa carta que não há golpe, não há nenhuma forma de você negar a existência de prévias e do resultado das prévias. Isso seria admitir que o PSDB se tornou um partido golpista", acrescentou. "Não há questionamento, não há golpe possível numa democracia, seja ela partidária, seja de um país".

Doria disse que Leite não teve a dignidade de reconhecer a derrota, e disse que o clima agora no PSDB é o da democracia. "Ele tem que entender que democracia tem regras, não é a regra que ele deseja pelo seu bem. É a regra pela qual ele participou e perdeu", afirmou, acrescentando que Leite não pode querer "golpear". "Quem faz golpe é ditadura, governos autoritários. Quero lembrar Eduardo Leite, hoje é 31 de março, dia do golpe militar. Não caminhe por essa linha, Eduardo".

O tucano ainda citou como positivo a afunilamento da terceira via, com a possível candidatura de Sérgio Moro a deputado federal. "Quem tem que estar preocupado a partir de agora é Lula e Bolsonaro, porque ganhamos tração e ganhamos força", disse ele, que chamou o afunilamento da terceira via de "melhor via".

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recuou nesta quinta da decisão de desistir de concorrer à Presidência da República e de renunciar ao Palácio dos Bandeirantes. Com isso, ele mantém o plano original de mirar o Planalto e permitir que o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), assuma o cargo e dispute as eleições para o governo paulista. Doria fez o anúncio de sua renúncia em um evento de despedida no Palácio dos Bandeirantes com prefeitos paulistas, como estava previsto.

Para tentar dissipar o mal-estar que foi vendido por todo o entorno dos tucanos, real ou não, o evento teve ares de lançamento de candidatura, com bateria de escola de samba e um longo vídeo enaltecendo a imagem de "pai da vacina" Coronavac de Doria, entre outros pontos de seu governo.
Doria havia comunicado Rodrigo Garcia, na quarta-feira (30), sobre sua decisão de se manter no governo, abrindo uma crise no PSDB e na base aliada. Desde a noite de quarta, aliados de Doria passaram a atuar para que ele mantivesse o combinado.

Bruno Araújo então divulgou uma carta na qual reafirmava que Doria seria o candidato, respeitando o resultado das prévias do ano ano passado, na qual derrotou o então governador Eduardo Leite (RS).
Leite renunciou ao governo do Rio Grande do Sul, anunciou que permanece no PSDB e disse que se vê em condições de ser candidato ao Planalto, numa tentativa de virar a mesa das prévias.

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