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Engajamento da terceira via patina em ambiente polarizado nas redes sociais

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Desarticulado e sem bandeiras próprias, grupo que se coloca como alternativa a Lula e Bolsonaro tem dificuldade de gerar interação nas mídias digitais, aponta levantamento  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 02/05/2022, às 07h39   Redação


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A indefinição de um nome para ser lançado como candidato da chamada ‘terceira via’ tem dificultado não só o enfrentamento a polarização Lula-Bolsonaro como também o engajamento e mobilização nas redes sociais.

De acordo com levantamento do Observatório Democracia em Xeque feito por Marcelo Alves, professor do Departamento de Comunicação da PUC-Rio, as publicações de direita têm alcance seis vezes maior do que as de centro no YouTube.

O monitoramento foi feito com base em uma análise de alcance de publicações de influenciadores e políticos. A pesquisa acompanhou as postagens de cada espectro político com o maior número de interações por dia, de 1.º de janeiro a 26 de abril deste ano. Foram observadas as redes sociais Facebook, Instagram e YouTube.

No Facebook, a direita gerou 273 milhões de interações entre as publicações mais virais. A esquerda, por sua vez, fez 113 milhões; o centro não passou dos 23 milhões. No Instagram, foram 400 milhões de impressões da direita ante 320 milhões da esquerda. O centro segue atrás, com 21 milhões de interações na rede.

De acordo com Alves, o insucesso da terceira via se dá por dois motivos. O primeiro é o fato de as redes sociais estimularem antagonismos. O segundo deve-se à indefinição de quem será o representante do grupo na eleição, e o tempo é curto. “A terceira via ainda não tem nem um candidato. Não é de abril até a eleição, em outubro, que haverá a possibilidade de se construir uma rede de comunicação ampla que cruze as plataformas”, afirmou Alves.

Líderes de União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania já anunciaram que iriam formalizar a pré-candidatura única da terceira via no dia 18 de maio. No entanto, o União Brasil, que tem como pré-candidato o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente da legenda, já deixou as negociais com o objetivo de construir um projeto único ao Palácio do Planalto. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) seguem no páreo.

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