João Doria desiste de disputar a presidência da República

O governador de  São Paulo, João Doria (PSDB), surpreendeu aliados e auxiliares ao comunicar que desistiu de concorrer à Presidência e avisou que não vai mais deixar o cargo, como estava previsto. O comunicado foi feito na manhã desta quinta-feira (31).

Segundo o Estadão, o tucano cancelou todas as agendas externas nas quais faria sua "despedida" do governo paulista e vai fazer o anúncio oficial em um ato com prefeitos à tarde no Palácio dos Bandeirantes.

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Segundo a Folha apurou, ele já teria comunicado essa decisão, o que irritou seus auxiliares mais próximos, em especial o vice Rodrigo Garcia, que esperava assumir o governo do estado.  Além disso, o desempenho fraco na última pesquisa Datafolha e o apoio de uma ala do partido à pretensão de Eduardo Leite (PSDB-RS) de virar a mesa das prévias tucanas e ser escolhido candidato ao Planalto estariam motivando o governador de São Paulo a abrir mão da disputa presidencial.

A última pesquisa Datafolha mostra Lula (PT) com 43% das intenções de voto, contra 26% de Bolsonaro (PL), 8% de Sergio Moro (Podemos), 6% de Ciro Gomes (PDT), 2% de Doria e 1% de Simone Tebet (MDB).

A rejeição de 30%, segundo a pesquisa Datafolha, atrapalha o plano do governador de se viabilizar como candidato da terceira via. Ele só perde nesse quesito para Bolsonaro e Lula, que são rejeitados por 55% e 37% respectivamente, segundo o levantamento.

Em jantar de empresários em sua homenagem, na noite desta quarta (30), ao falar sobre a coligação apalavrada do PSDB com União Brasil e MDB, além da federação com o Cidadania, Doria afirmou que não precisa necessariamente ser o candidato. Ele citou os nomes de Moro e Tebet.