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Lúcio Vieira Lima reage após briga interna do MDB para lançar Tebet

Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo
Em entrevista ao BNews, nesta quarta-feira (27), Lúcio Vieira Lima afirmou que divisão no partido é uma coisa "combinada"  |   Bnews - Divulgação Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Publicado em 27/07/2022, às 19h33   Yuri Abreu


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Um dos caciques do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima reagiu após uma briga interna do MDB para lançar a candidatura de Simone Tebet (MDB) à Presidência da República, o que ocorreu em convenção realizada nesta quinta-feira (27).

De um lado, há uma "ala lulista" no partido queria que o MDB declarasse integralmente apoio ao ex-presidente Lula (PT), postulante ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Por outro lado, outros membros da mesma legenda, como o presidente nacional, deputado federal Baleia Rossi (SP), queriam manter a candidatura de Tebet.

Contudo, em entrevista ao BNews, Lúcio minimizou o "racha" dentro do ninho emedebista. "É uma coisa normal, não tem problema nenhum. Isso está ocorrendo em todos os partidos. No PSDB da mesma forma. O que prevalece hoje, no caso, é fazer deputados federais. Além do mais, no Nordeste, onde Lula é muito forte, é natural que os partidos queiram o apoio dele", afirmou.

"A chance de os partidos que apóiam Lula, que estão escalados no time dele, de fazer deputados, é maior do que o contrário. É a mesma coisa no governo da Bahia. Porque nós apostamos na eleição de Jerônimo? é porque ele é do time de Lula. Isso é o que está ocorrendo em todos os estados", completou.

Mobilização

Segundo o ex-deputado federal, Lula tem o apoio do MDB em pelo menos 12 estados do país, entre eles a Bahia. Por outro lado, ele explicou que a candidatura de Simone Tebet foi algo construído para evitar que a legenda partisse, como um todo, para a polarização entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro (PT).

"Em determinado momento, ninguém questionou nada, porque era conveniente, ainda mais quando não se sabia como seria a questão da terceira via. Agora, chegou ao final com alguns defendendo que o MDB fosse para Lula já no primeiro turno", comentou.

"Divisão no partido há, mas não como era antigamente. É uma divisão combinada, acordada: vamos ter uma candidatura própria, para que o partido não vá para os extremos, não entrando na polarização. Mas, os estados estão liberados para apoiar quem quiserem, sem nenhuma traição ao partido, até porque não tem consenso", acrescentou Lúcio Vieira Lima.

Candidatura natimorta?

Questionado então se a candidatura de Simone Tebet seria "natimorta", o dirigente minimizou a questão, mas ressaltando que a senadora sul-mato-grossense terá trabalho para embalar diante dos favoritos ao pleito de outubro.

"Cada eleição é cada eleição. nada é natimorto. O que se pode dizer que é uma candidatura difícil de empolgar em função da polarização entre dois candidatos. Tem que saber se o centro tem força para levar a Simone para o segundo turno. Ela vai ter a dificuldades. A candidatura dela vai ter que trabalhar mais do que Hércules, que teve 12 trabalhos", finalizou.

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