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Na mira do TCM, Zé Cocá exonera funcionários ligados a vereadores da base de apoio em Jequié

Renaque Barbosa
Prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), chegou a afirmar ao BNews que iria se explicar ao TCM sobre uma suposta exoneração de mais de 700 cargos  |   Bnews - Divulgação Renaque Barbosa

Publicado em 19/10/2022, às 17h07 - Atualizado às 18h00   Yuri Abreu


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Na mira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), vem exonerando funcionários da administração municipal que são ligados a vereadores da base de apoio ao pepista, na cidade do sudoeste baiano.

Na última semana, surgiu uma notícia, nas redes sociais, de que ele iria exonerar 725 cargos na Prefeitura, o que teria aberto os olhos da Corte de Contas que deu a ele um prazo de 60 dias para resolver a questão.

Ao BNews, no último sábado (15), ele afirmou que iria se explicar ao TCM-BA. "Foram criados 300 e poucos cargos. Há uma notificação do Tribunal e nós vamos e iremos mostrar que não existe nada de forma errônea. Fizemos os cargos que eram necessários. Nossos cargos comissionados estavam com uma defasagem de muitos e muitos anos. Criamos mais esses para organizar esse setor", declarou.

No entanto, de acordo com fontes ouvidas pelo BNews, ao longo das últimas semanas, algumas desses desligamentos teriam caráter político. Um desses, que está exposto até no Diário Oficial do Município (DOM) desta quarta-feira (19), -  e o qual tivemos acesso - é de Carlos Wellington Batista de Deus Júnior.

Ele ocupava um cargo em comissão de Chefe de Divisão de Coordenação de Programas e Projetos, na Secretaria Municipal de Educação. Carlos Wellington é filho da vereadora Professora Cida, do PT, e que faz parte da base aliada de Zé Cocá em Jequié. Porém, a edil, nestas eleições ao Governo da Bahia, apoia Jerônimo Rodrigues (PT), que disputa o segundo turno contra ACM Neto (União).

As mudanças teriam começado após Zé Cocá ver, na sua cidade, o petista bater o ex-prefeito de Salvador, no 1º turno, por quase 10 mil votos de diferença. A expectativa era a de que, com a popularidade do pepista na cidade, que ACM Neto venceria de forma folgada o adversário.

Outra exoneração que chamou a atenção foi a de Rosangela Lucas dos Santos, que era diretora de uma escola também em Jequié. Ela havia sido indicada para o cargo pelo vereador Marcinho (PDT), que também faz parte da base de apoio a Zé Cocá, mas na disputa pelo Palácio de Ondina declarou apoio a Jerônimo Rodrigues (PT).

Ainda de acordo com as fontes ouvidas pela reportagem, a comoção pela saída dela foi tamanha que muitos pais reclamaram da mudança estabelecida.

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