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Operação Tabajara: Tensão de Rui Costa por senado foi após pesquisa e pressão familiar

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O governador Rui Costa está irredutível na ideia de ser senador da Bahia e tem provocado o alvoroço na base  |   Bnews - Divulgação Arquivo / BNews

Publicado em 16/02/2022, às 13h50   Victor Pinto


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O governador Rui Costa (PT) começou a se mobilizar de maneira mais incisiva pela vaga do Senado Federal na chapa majoritária governista desde uma reunião realizada pelos caciques do PT no último domingo (13). Conforme apuração do BNews, a Operação Tabajara do petista ganhou curso quando foi insuflado por números de uma pesquisa interna encomendada para avaliar o cenário da Bahia.

Os dados impressionaram Rui que teria tido uma aprovacão maior que a de Lula (PT) no Estado. Outro fator crucial foi a pressão sofrida pelo mandatário do Palácio de Ondina por alguns familiares bem próximos. A argumentação seria pela permanência da vida política do petista independente de condicionantes, a exemplo da eleição de Lula para que ele pudesse virar ministro.

Rui, durante toda reunião, teria deixado claro a sua predisposição, algo que já tinha deixado de lado faz tempo, quando dizia ficar a frente do governo até o final do mandato como fez Wagner. Na última segunda-feira (14), no entanto, quando indagado sobre o caso, resolver fazer mistério.

Inclusive, a atitude do governador teria desapontado o senador petista e então pré-candidato. Na visão dele, conforme conversado com algumas fontes próximas, Rui deveria retribuir tudo aquilo que o “galego” fez por ele nos idos de 2014, quando enfrentou tudo e todos pelo nome do secretário da Casa Civil, a época, como seu sucessor.

Essa atitude de Rui foi o estopim da celeuma que imperou na base governista durante toda a terça-feira (15). Vários políticos emitiam opiniões, nos bastidores, a favor do nome de Wagner. Tanto que após o tweet do senador depois do encontro, diversos caciques resolveram se manifestar.

Outro ponto chave é: Otto Alencar não quer facilitar para João Leão e João Leão não quer facilitar para Otto Alencar. O tensionamento de Rui esticaria a corda desse conflito e tiraria a figura de “apaziguador” de Wagner.

Pouquíssimos políticos foram a público, por exemplo, defender o nome de Rui no Senado, a não ser os membros do PP, principais interessados na proposta. Se prosperasse, Leão seria governador da Bahia entre abril e dezembro deste ano. 

A argumentação de que Lula ou até mesmo o PSD teria tensionado por Rui no Senado e Otto na cabeça não tem se sustentado nas conversas pelos corredores na Assembleia Legislativa da Bahia. Alguns deputados que o BNews conversou já na tarde de hoje acreditam piamente ser Rui o pivô da situação.

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