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Patrimônio de Lira mais do que dobra em quatro anos

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Deputado Arthur Lira (PP-AL), que é agropecuarista, afirmou que tem quase R$ 6 milhões em bens  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Câmara dos Deputados

Publicado em 09/08/2022, às 19h16   Felipe Bächtold/Folhapress


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O patrimônio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mais do que dobrou nos últimos quatro anos, segundo informou o deputado em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral.

Em 2018, Lira, que é agropecuarista, disse possuir um total de bens de R$ 1,7 milhão (ou R$ 2,2 milhões corrigidos pela inflação do período). Em sua ficha de candidato deste ano, publicada no site da Justiça Eleitoral nesta terça-feira (9), a soma do patrimônio dele passou para R$ 5,965 milhões.

Parte dessa diferença se deve a uma casa que passou a ser declarada pelo candidato no valor de R$ 1,2 milhão. O segundo item de maior valor declarado do deputado é um depósito em conta-corrente no valor de R$ 827 mil.

Além da casa, aparecem na declaração ao menos outros três "bens imóveis" que não constavam há quatro anos. O deputado tentará em outubro o seu quarto mandato consecutivo na Câmara.

Reportagem da Folha publicada no último fim de semana mostrou que documentos assinados em um cartório no interior de Alagoas indicam que Lira deixou de declarar à Justiça Eleitoral em 2018 a compra de direitos sobre duas fazendas adquiridos de um grupo de herdeiros no início daquele ano.

Escrituras do negócio, no município de São Sebastião, afirmavam que os direitos de herança sobre imóveis rurais custaram R$ 728 mil (ou R$ 955 mil corrigidos pela inflação do período). Isso equivale a mais de 40% do que ele havia declarado à Justiça Eleitoral quatro anos atrás.

Neste ano, a Justiça Eleitoral limitou a quantidade de informações sobre o patrimônio dos candidatos publicadas em seus canais oficiais. Não há mais o detalhamento sobre cada bem declarado, como nomes de empresas, localização de imóveis ou sócios de negócios.

A medida, que teve como base a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), motivou reclamações de entidades que atuam com transparência governamental, que pedem a volta do modelo anterior.

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