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Petistas reagem à fala de ACM Neto após ofensiva contra a Justiça Eleitoral na Bahia

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Membros do partido chegaram a afirmar que ACM Neto (UB) quer implantar uma cartilha bolsonarista" na Bahia  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 15/09/2022, às 17h02 - Atualizado às 17h12   Redação BNews



Caciques e membros da tropa de choque do PT na Bahia reagiram ao ataque do candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (UB), que na última terça-feira (13) se queixou de estar há quatro dias sem ter inserções do programa eleitoral veiculados na televisão e no rádio.

A situação acontece por causa de ações judiciais da coligação "Pela Bahia, Pelo Brasil", encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT), contra a  campanha do ex-prefeito de Salvador, cuja chapa é "Pra Mudar a Bahia".

"Por enquanto, eu estou esperando as decisões da Justiça Eleitoral. Se não acontecer, a gente vai, sem dúvida alguma, botar a boca no trombone", prometeu Neto, que recorreu das suspensões. A declaração, conforme o jornal Tribuna da Bahia, ocorreu durante comício em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). 

"Eu aceito ganhar e perder eleição jogando dentro das quatro linhas. Ganhar ou tentar interferir no resultado de uma eleição fora das quatro linhas é uma vergonha", completou ACM Neto.

Um dos que reagiu às declarações foi o senador Jaques Wagner (PT-BA). Em uma rede social, nesta quinta-feira (15), o parlamentar deu uma alfinetada em ACM Neto.

"Mais uma vez o ex-prefeito demonstra que apesar de ser jovem na idade, é velho nas ideias. Ele parece querer voltar a um tempo em que a justiça era pressionada para atender interesses do antigo governador. Decisões judiciais não podem ser boas apenas quando lhe são favoráveis", escreveu.

"Nenhuma democracia funciona a partir da vontade de um só. Ele precisa entender, de uma vez por todas, que aqui não funcionamos em regime de monarquia. E que aprender a ganhar, e principalmente, aprender a perder, faz parte do jogo", completou Jaques Wagner.

Outro que respondeu às ofensivas do ex-chefe do Executivo soteropolitano foi Éden Valadares, presidente estadual do partido. Segundo o dirigente, ACM Neto tem que arcar com as consequências jurídicas das ações realizadas pela coligação dele. “O tempo da Bahia ter dono, ou agir como dono, acabou. A Lei vale para todos, ninguém está acima dela e ponto".

Entre os deputados estaduais, quem se manifestou foi o líder do partido na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Osni Cardoso. Para o petista, ACM neto quer implantar, na Bahia, o que ele definiu como "cartilha bolsonarista".

“É a cartilha bolsonarista, de ultradireita, que ele quer implantar na Bahia, mas tenta enganar o eleitor com um “tanto faz” [quem deve ser o próximo presidente da República]. Por isso que ele foge dos debates, porque não conhece a Bahia e não tem propostas claras para apresentar aos baianos. Ele está tentando enganar o eleitor”, comentou.

“O desespero pela iminente derrota nas eleições faz com que ele tente atrair a simpatia de ultradireitistas, com posições antidemocráticas, como os ataques aos desembargadores do TRE-BA e a jornalistas, na tentativa de censurar a imprensa. Ele está agindo de má-fé para ludibriar os eleitores e obter votos”, completou Osni Cardoso.

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