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PF convoca reunião e partidos começam a se preocupar com a segurança dos presidenciáveis

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Partidos começam a traçar estratégias de segurança  |   Bnews - Divulgação Reprodução da TV

Publicado em 20/03/2022, às 14h05 - Atualizado às 14h23   Redação BNews


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As campanhas de Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB) já começaram a definir estratégias e a adotar medidas concretas para blindar os presidenciáveis de eventuais investidas violentas durante a corrida eleitoral de 2022. As ações começam meses antes das eleições, uma vez que a segurança pessoal dos candidatos a presidente entrou no radar.

Segundo o Globo, a maioria deles contará apenas com o aparato oferecido por suas próprias legendas até a homologação de suas candidaturas em convenção partidária. A partir daí, conforme determina a lei, a Polícia Federal passa a disponibilizar uma equipe durante a fase oficial de campanha, que ocorre entre agosto e outubro. O primeiro passo para isso já foi dado. A PF reuniu os núcleos de inteligência de todas as 27 superintendências do Brasil durante a última semana para coordenar a produção de relatórios que devem definir o trabalho de acompanhamento dos postulantes ao Palácio do Planalto neste ano.

Os cuidados com a integridade física dos presidenciáveis ganharam maior relevância a partir das últimas eleições, quando Bolsonaro, então candidato, foi esfaqueado no abdômen durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Depois desse atentado, o presidente já foi submetido a quatro cirurgias e convive até hoje com complicações causadas pelo ferimento.

Recentemente o ex-presidente Lula declarou a uma rádio da Paraíba que se preocupa em ser alvo de uma possível tentativa de assassinato por grupos bolsonaristas. A declaração foi dada em uma entrevista à Rádio Espinharas, de Patos (PB). Ele respondia a apresentadora que lembrou que o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa disse em fevereiro ao UOL que não duvidava da possibilidade de grupos radicalizados ligados a figura de Jair Bolsonaro (PL) tentarem assassinar o petista durante a corrida eleitoral deste ano.

Por segurança, a campanha de Lula decidiu que, ao menos no primeiro momento, ele só participará de atos em ambientes controlados. Ontem, no primeiro evento em público do candidato petista neste ano, o ex-presidente discursou em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no interior do Paraná, para um público estimado em cinco mil convidados. Quem não tinha convite não poderia entrar na área da fazenda, em uma região isolada. A preocupação não é por acaso. Em 2018, um ônibus de uma caravana de Lula foi alvejado por tiros no Paraná.

Também por questão de segurança, o PT ainda não definiu o local em que ocorrerá o evento de lançamento da pré-candidatura de Lula. São quatro as possibilidades avaliadas até agora. O comitê está estudando onde haveria menos risco para o presidenciável. Como ex-mandatário, Lula tem direito a utilizar os serviços de quatro servidores para a sua segurança pessoal e dois veículos oficiais com motoristas, benefícios garantidos desde o fim de seu mandato. As despesas são custeadas pela Presidência da República. A assessoria de imprensa do petista, no entanto, não confirma se ele utiliza esse aparato ou se conta com algum tipo de reforço.

A atenção com a segurança de Bolsonaro está elevada a níveis altíssimos, visto que ele ocupa o cargo mais importante do país e já foi alvo de um atentado em 2018. Em janeiro, o presidente afirmou à imprensa que o tema era uma de suas preocupações, sobretudo durante viagens que faz pelo Brasil.

Em sua recente visita à Bahia, Bolsonaro contou com um plano reforçado montado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela sua proteção. O órgão redobrou os cuidados e reforçou o planejamento para que o presidente pudesse visitar um reduto histórico do PT. A assessoria de imprensa do GSI não deu detalhes sobre a operação e afirmou ao Globo que “não fala sobre a segurança do presidente”.

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