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PSTU declara "voto crítico" no PCB para eleições na Bahia e explica recusa ao PSOL

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PCB tem como candidato ao Governo do Estado, Giovanni Damico  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/09/2022, às 18h33   Redação BNews


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O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) declarou nesta terça-feira (20) "voto crítico" no Partido Comunista Brasileiro (PCB) para eleições na Bahia, que tem como candidato ao Palácio de Ondina, Giovani Damico. A sigla explica ainda a recusa de apoiar a candidatura do PSOL no estado.

"Na Bahia, o PSTU não tem candidatos. Mas não vamos nos abster do processo, estamos orientando o voto crítico no Partido Comunista Brasileiro (PCB), por se tratar de uma campanha militante da esquerda radical e que apresenta um programa de independência de classe, mesmo que tenhamos diferenças de longa data com o PCB. O PSTU orienta seus militantes, filiados, simpatizantes e o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras da Bahia a votar criticamente nas candidaturas do PCB no estado", afirmou o partido em comunicado.

A nota do PSTU explica ainda o porquê do "voto crítico". Segundo a sigla, a declaração de voto não deve ser confundida com apoio político, pois as duas siglas possuem grandes "divergências programáticas".

"Tanto é assim que temos candidaturas próprias à presidência da República. Em nossa avaliação, o programa que o PCB apresenta não se enfrenta com a grande propriedade privada. Fala em reformas de base e não em aplicação de um programa socialista ao país. As tais reformas de base ficam nos marcos do capitalismo e a principal saída apontada é a 'convocação de uma Constituinte de Novo Tipo'. Para nós, esse sistema tem que ser destruído e não reformado. Esse sistema está podre e não tem conserto", completa o partido.

Sobre não apoiar a candidatura de Kleber Rosa (PSOL), o PSTU alega que, apesar de reconhecer que no partido tenha "lutadores e representantes legítimos da classe trabalhadora e dos movimentos sociais" que são candidatos, o giro à direita que o partido fez no último período levou à conformação de uma federação com a Rede, um partido da ordem que nasceu com financiamento do Itaú e da Natura.

"O próprio PSOL hoje tem recebido dinheiro de empresários, como é o caso das doações de Armínio Fraga, João e Walter Sales nas eleições deste ano. Esse giro levou o PSOL a apoiar Lula e Alckmin, já no primeiro turno, sem qualquer crítica a este projeto de conciliação de classes. E todas as candidaturas do partido têm se dedicado a promover a chapa Lula-Alckmin de forma acrítica e, no mais das vezes, oportunista, tentando simplesmente colar na popularidade de Lula. Essa tática tem levado, por exemplo, que as críticas ao governo de Rui Costa (PT) praticamente desapareçam ou fiquem apagadas na campanha do PSOL", pontuou.

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