Eleições / Eleições 2022

Secretário de Rui joga responsabilidade de dados preocupantes no colo de Bolsonaro: 'crueldade'

Joilson César/BNews
O secretário de Rui, Carlos Martins comentou sobre o aumento de pessoas no CadÚnico  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 26/10/2022, às 11h10   Cadastrada por Nilson Marinho com informações de Daniela Pereira


FacebookTwitterWhatsApp

O Cadastro Único para programas sociais do governo federal, também conhecido como CadÚnico, registrou em setembro deste ano o maior número de pessoas desde sua criação, em 2001. Isso significa dizer que mais indivíduos não têm renda suficiente para sobreviver e que precisam do apoio de programas sociais do governo para isso. O secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Carlos Martins, afirma que esse crescimento é reflexo do governo Bolsonaro que, na sua opinião, é alheio às políticas de transferência de renda.

O atual presidente, que busca sua reeleição, tem usado o Auxílio Brasil como uma arma para ganhar votos das mulheres de baixa renda e a da população nordestina. Durante a corrida eleitoral, o chefe do Executivo chegou a anunciar o 13º para mulheres que recebem o benefício que substitui o Bolsa Família criado durante o Governo Lula.

“Isso reflete o que foi os quatro anos do governo Bolsonaro, significa dizer que é o maior número nos 21 anos do CadÚnico, onde nós passamos, em setembro de 2018, de 39 milhões para 49 milhões. Desse total, é preciso dizer que 13 milhões estão localizados no Sudeste, a região mais rica do país, ou seja, essas pessoas estão em vulnerabilidade social. É a volta do Mapa da Fome, de pessoas que sobrevivem com apenas R$ 105 por mês. Essa é a crueldade de um governo que se esqueceu da assistência social, que corta os recursos do SUS e faz aflorar a miséria no país”, comentou o secretário.

Às vésperas do primeiro turno, Bolsonaro também regulamentou o empréstimo consignado de até R$ 2.582, com taxa de juros de 3,45% ao mês, para os beneficiários do Auxílio Brasil. Na semana passada, em uma agência da Caixa em Salvador, a procura foi tão grande que um caos se instalou dentro e fora do banco.

Na segunda-feira (24), a Caixa congelou por 24 horas a liberação de novos empréstimos atendendo a uma orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), que pediu explicações ao banco sobre o consignado. A suspeita é de que o dinheiro esteja sendo liberado com finalidade meramente eleitoral.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp