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Tebet sofre pressão em prova de fogo para erguer terceira via após saída de Doria

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Senadora tenta tornar candidatura viável em meio a fragilidades suas e disputas partidárias  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 24/05/2022, às 09h09   Folhapress


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Com a desistência do ex-governador João Doria (PSDB-SP), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) passa a concentrar por ora as expectativas da chamada terceira via, com os prós e contras que o afunilamento desse campo impõe à sua pré-candidatura, hoje na casa de 1% das intenções de voto.

O tucano, que pontuava em torno de 3% (empatado tecnicamente com ela), deixou a pista livre para a então rival no consórcio PSDB, MDB e Cidadania, que tenta fabricar uma alternativa competitiva a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Juntos, os dois detêm cerca de 70% nas pesquisas.

Aliados e auxiliares de Tebet enxergam na saída de Doria uma oportunidade ímpar para ela, com vantagens e riscos implícitos. A ordem é turbinar a pré-campanha a ponto de sustentá-la como opção viável e neutralizar a ala do PSDB que ainda quer lançar um nome como cabeça de chapa.

Ungida pela direção dos três partidos como a melhor opção na disputa com Doria, sobretudo pelo índice de rejeição menor, a senadora foi diplomática ao comentar nesta segunda-feira (23) o recuo do tucano (a quem se referiu como colega e amigo), sem deixar de explicitar seu otimismo.

No momento do anúncio, a presidenciável estava em Cuiabá, cumprindo parte da agenda de viagens traçada para aumentar sua exposição e apresentá-la aos eleitores. O desconhecimento é justamente um de seus principais pontos fracos, principalmente quando se dava a comparação com Doria.
Tebet batizou a jornada de incursões como Caminhada da Esperança e vem buscando atender a uma das demandas reveladas pela pesquisa que a trinca de partidos contratou para embasar a escolha do candidato com mais chances. A sondagem contribuiu para o descarte do tucano pelo grupo.

Como o levantamento mostrou que o eleitor a ser caçado por uma candidatura alternativa está exausto do clima de polarização e quer saber de propostas para a vida real, a senadora atenuou o ritmo de críticas espontâneas a Lula e Bolsonaro. Costuma fazê-las, porém, quando é instada.

A divulgação de um plano de governo, ou pelo menos de um esboço de programa, é uma das cobranças que passam a recair com maior intensidade sobre a pré-campanha da emedebista nesta nova fase.
Ela montou uma equipe que inclui a economista Elena Landau na formulação de um documento com sugestões para a reativação do PIB e a geração de empregos. Ainda não estava claro nesta segunda se conselheiros de Doria na seara econômica se somarão ao grupo.

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