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Vídeo: médico coage paciente a votar em Bolsonaro logo após parto

Reprodução/ Vídeo
Ao pai do recém-nascido que disse votar em Lula, o médico faz piada: "tu quer que eu vá já embora e nem opere ela?”  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Vídeo
Letícia Rastelly

por Letícia Rastelly

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Publicado em 24/10/2022, às 19h53


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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o obstetra Allan Henrique Fernandes Rendeiro, coage uma mulher que tinha acabado de dar à luz, a votar em Jair Bolsonaro para a presidência, nas eleições que acontecem no próximo domingo (30). As imagens foram gravadas na Maternidade do Povo, em Belém, capital do Pará.

O vídeo em questão começa com o médico mostrando bebê recém-nascido e já falando sobre a questão política: “Hello! Eu sou Gael, já nasci 22, vou votar no Bolsonaro”. Em seguida ele passa a mostrar e se referir ao pai do recém-nascido: “Deu um revertério, que eu vou começar a reclamar aqui no hospital. Pra diferenciar o negócio do pai, eles botam uma roupa vermelha. O doido (pai) não veio dizer que vai votar no Lula? Eu digo, rapaz, tu quer que eu vá já embora e nem opere ela?”, ameaçou Rendeiro.

Na sequência do vídeo é possível ver a mãe da criança sendo questionada sobre o seu voto no segundo turno. “Aqui tá a mamãe do Gael, dia 30 ela vota?... 22. Diga... Vou mandar pro Bolsonaro esse vídeo, que ele está em uma live especial”, diz o profissional. A mulher, com um sorriso constrangido olha para o lado e em seguida, concorda com ele.

O vídeo foi divulgado pelo próprio obstetra em suas redes sociais, no último sábado (22), mas após os primeiros comentários negativos, ele apagou. A reportagem do site Diário Online fez contato com o médico, mas ele disse não saber do que se trata a acusação: “existem centenas de vídeos publicados e não se coadunam com os dizeres a mim atribuídos”.

A vereadora Lívia Duarte (PSOL), eleita deputada estadual no Pará comunicou em suas redes sociais que já oficiou um pedido de abertura de investigação sobre o episódio, e classificou a conduta do médico como “assédio e ameaça direta à integridade da paciente”.

Classificação Indicativa: Livre

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