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VÍDEO: Ruralista suspeito de coagir funcionárias a filmar voto com celular no sutiã quebra silêncio sobre acusações

Foto: Reprodução/Instagram/@adelareloi
Ruralista, Adelar Eloi Lutz é acusado de coagir funcionárias com assédio eleitoral  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução/Instagram/@adelareloi

Publicado em 20/10/2022, às 08h35 - Atualizado às 11h04   Vinícius Dias


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Empresário ruralista atuante no oeste da Bahia, Adelar Eloi Lutz quebrou o silêncio sobre as acusações de coagir funcionárias a esconder celular no sutiã para filmar os seus votos e comprovaram que digitaram e confirmaram o voto em seu candidato: o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os áudios em que Adelar Eloi Lutz confessa os assédios eleitorais chegaram até o Ministério Público do Trabalho (MPT) e são investigados.

No material, o empresário diz ter forçado seus funcionários a filmarem o voto no primeiro turno das eleições presidenciais e ter demitido os que se recusaram a votar em Jair Bolsonaro. Gaúcho radicado na Bahia há mais de 30 anos, Adelar é dono de propriedades rurais em Formosa do Rio Preto, a cerca de 760 km distante de Salvador.

Ele publicou uma série de vídeos em sua conta pessoal do Instagram onde aponta estar "brincando com amigos".

Ele ainda aponta que "nunca prejudicou ninguém" e que não estava falando sério ao relatar a pressão sobre funcionários.

Ainda de acordo com Adelar Eloi Lutz, ele tem familiares que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não impôs qualquer tipo de represália por discordar de sua posição política.

"Eu peço desculpa a todos, inclusive o pessoal da lei. [...] Se for olhar cá em casa, eu tenho gente que trabalha aqui e que a família toda é PT. E eu botei para fora? Botei não. Só disse que tem que analisar, não tem pressão nenhuma", declarou.

Confira o vídeo com as falas do ruralista após a repercussão no player abaixo.

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe o acesso à cabine da urna eletrônica com objetos como celular ou armas de fogo. Somente é permitida a famosa cola ou santinho com os números de cada candidato.

Somente no Oeste da Bahia, é o segundo caso do tipo investigado pelo Ministério Público do Trabalho nas atuais eleições. Outros seis casos também estão sob análise do órgão, que contabiliza somente na Bahia nove denúncias de assédio eleitoral.

De acordo com o MPT, no país esse número atingiu, na terça-feira (18), a marca de 419 casos, em um volume muito maior do que na última eleição presidencial, que ficou em 212.

Classificação Indicativa: Livre

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