Eleições

Marqueteiros e coordenadores de campanha revelam estratégias para Salvador

Publicado em 20/08/2016, às 12h05   Alexandre Galvão


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De olho no comando da prefeitura de Salvador, terceira maior capital do país em número de habitantes, os candidatos alinharam com suas equipes as estratégias de campanha. Deste modo, ACM Neto (DEM), Alice Portugal (PCdoB), Célia Sacramento (PPL), Claudio Silva (PP), Da Luz (PRTB) e Fábio Nogueira devem apostar todas as suas fichas em discursos que visam ganhar o eleitor.

Candidato à reeleição, ACM Neto deve fazer uma campanha “propositiva”, segundo seu marqueteiro, Pascoal Gomes. “Vamos mostrar Salvador na perspectiva da interação entre o prefeito ACM Neto e a população. O ‘prefeito da gente’ passou quase quatro anos nas ruas ouvindo as pessoas e administrando a cidade, chegou a hora de mostrar essa relação entre o prefeito e o povo”, descreveu.

Provável alvo preferencial dos outros candidatos, Neto deve encarar as críticas “de forma positiva”, segundo Gomes. “A aprovação do prefeito por si só é um fator extremamente positivo pois alcança quase 90%. Portanto, vamos encarar esse cenário como ele se apresenta, de forma positiva. Neto vai falar do que fez e apontar para o futuro”, afirmou, ao afastar a possibilidade de ataques do demista.

Alice Portugal (PCdoB), segundo o seu coordenador de campanha, Vicente Neto, irá trabalhar em dois eixos de campanha: um político e outro social. “Vamos ocupar lacunas sociais. Alice vai propor soluções para o que identificamos como vulnerável, que é a assistência à juventude e às mulheres. Outro eixo vai ser o debate mais político, em torno das opções deste campo que se aglutinam contra o golpe político e outro que defende o golpe em curso”, apontou, sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Apesar da própria Alice já ter chamado o prefeito e candidato ACM Neto de “artífice do golpe” e “golpinho”, Vicente afirmou que, durante o programa eleitoral, a comunista não irá fazer essa conexão direta. “A imagem de Neto está ligada à de Temer, é uma ligação pública”, apontou.

Outra associação que deve ficar implícita é a de Alice com Dilma e Lula. “No caso de Dilma e Lula, eles estão naturalmente ligados, não tem uma decisão de juntar imagens, mas faço questão de afirmar que vamos fazer uma defesa honesta do trabalho que Rui faz em salvador”, afirmou.

Vice-prefeita de Salvador e candidata à prefeitura, Célia Sacramento não deve poupar ACM Neto das críticas. “O povo que vai avaliar isso, se houve traição ou não (risos). Para nós, é traição”, disse Henri Franji, ao ser perguntado sobre como seria descrita a relação dos dois na campanha.

Ainda de acordo com Franji, Célia focará no combate ao racismo. “A maioria do povo de Salvador conhece ela. Vamos focar na nesta tese de igualdade racial, igualdade de gênero, combate ao preconceito”, informou.

Banhado por pétalas brancas no primeiro dia de campanha, Cláudio Silva (PP) quer mostrar ao eleitor que “é possível pensar diferente”. “Claudio Silva se parece com Salvador, começou pobre, não é herdeiro e nem é ninguém que ficado ao lado de liderança o tempo todo. A cidade é gente e ele veio de baixo. Vamos apresentar para que Salvador conheça”, afirmou o marqueteiro Robson Vagner.

Para Vagner, o enfrentamento ao desemprego na capital baiana deve ser o foco do pepista. “Quando Cláudio esteve à frente da Sucom, Salvador viveu um ‘boom’ imobiliário. Salvador tinha 6,3% de desempregados e hoje é 17%. Isso é uma prova de que a cidade não cresce”, indicou.

Concorrendo pela sétima vez a uma vaga no Executivo, Rogério Tadeu da Luz pretende “martelar na questão da educação e das creches”, segundo Cássia Reuter, assessora e coordenadora de marketing da campanha.

Para Cássia, Da Luz tem um “potencial transformador” que precisa ser identificado pela população. “Ele tem projetos de campanhas passadas que foram copiados pelo próprio ACM Neto e pelo governo do Estado”, afirmou, ao indicar a mudança da Rodoviária de Salvador para Águas Claras como uma das ideias plagiadas.

Nome do Psol para a disputa em Salvador, Fábio Nogueira deve explorar as “questões raciais e sociais”. A campanha do socialista também foi estrutura em eixos, segundo o coordenador da campanha Franklin Oliveira.

“Vamos falar da democracia, com participação popular e questões sociais, da sustentabilidade e da segurança”, indicou, ao completar que o grupo irá “fazer um balanço de esquerda”.

“A primeira diferença e que Psol quer renovar a esquerda brasileira, as questões de honestidade, fraude, isso abalou a esquerda. Vamos defender um balanço da esquerda”, afirmou.

Publicada originalmente dia 19

Classificação Indicativa: Livre

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