Wagner diz que aliança do PT com o PSDB é 'irrealizável'

Em inauguração do comitê de campanha do governador Rui Costa (PT), o ex-governador Jaques Wagner, que concorre a uma das vagas para o Senado na chapa, disse que uma possível aliança do PSDB com o PT contra Jair Bolsonaro no 2º turno é 'irrealizável'.

Isso porque, para ele, o mais provável é que o ex-presidente Lula ou o candidato do PT dispute a vaga para a Presidência da República com o pedetista Ciro Gomes. Sem perder o humor, disse preferir devolver a proposta aos tucanos e aliados.  

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"O apoio do PSDB será muito bem-vindo ao Lula ou ao candidato apoiado por  ele. Até porque em minha opinião, essa eleição tem que ser uma eleição ganha por um candidato que represente o campo social por todo o desatino cometido pelo atual presidente, o Michel Temer, de destruição da empresa nacional, vagas de trabalho e cortes de programas sociais. Com base nisso, o eleitorado está olhando para alguém que remonte o país desde o impeachment da Dilma (Rousseff) e os que caminharam com Temer, como o PSDB e o próprio Bolsonaro, que promete fazer mais do mesmo, não representa isso. Então, como o corte é um corte social, é mais provável que Lula ou o candidato do PT e o Ciro cheguem ao segundo turno", detalhou. 

Com otimismo, disse acreditar que candidatura de Lula não será impugnada e se for, conforme apontam as próprias pesquisas, a expectativa é de transferência de votos para Fernando Haddad, o vice na chapa.

"Portanto, para mim a possibilidade de Geraldo Alckmin (PSDB) chegar ao segundo turno não se sustenta e muito menos Bolsonaro. Ele (Alckmin) está com dificuldade de crescer, pois ganhou muito tempo de televisão e não votos, mas de qualquer forma prefiro fazer a campanha de Lula, de Rui, a minha e a de Coronel. Na Bahia estamos numa posição muito boa, mas sempre digo que eleição só se ganha no dia 7 de outubro e o lema é trabalhar com humildade", concluiu.