Eleições

Assegurar eleitorado e converter indecisos são desafios dos candidatos com início do horário eleitoral

Reprodução
Especialistas ouvidos pelo BNews divergem sobre impacto do rádio e na televisão na campanha no comparativo com as redes sociais  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 30/08/2018, às 16h45   Victor Pinto


FacebookTwitterWhatsApp

A partir desta sexta-feira (31) as emissoras de rádio e televisão começam a transmitir a propaganda eleitoral obrigatória em bloco específico e também veiculam inserções nos intervalos comerciais. O fato é esperado com atenção especial dos candidatos e marqueteiros, pois a difusão da imagem dos postulantes será feita de maneira massificada através dos veículos populares para tentar conquistar o público eleitor.

Na televisão, os horários serão das 12h às 12h25 e das 19h30 às 19h55. No rádio, os horários serão das 6h às 6h25 e 11h às 11h25. A veiculação será até o dia 04/12.

Ouvido pelo BNews nesta quinta-feira (30), o cientista político Joviano Neto acredita que o fato é um divisor de águas. “Boa parte da população, inclusive induzida pela legislação brasileira, que eu acho errado, considera esse momento com a hora da política. Boa parte da população acha que a campanha começa a partir do horário eleitoral. A TV aberta e o rádio marcam o início do horário da política e o público tende a entender que chegou a hora de pensar e escolher o candidato”, comentou.

O professor de Comunicação e Política da Universidade Federal da Bahia (Ufba),Wilson Gomes, não acredita nessa divisão de águas, dado ao novo modelo implementado de horário eleitoral resultado da última reforma da lei eleitoral.  

“Já foi um divisor de águas. Temos a internet que tem influência e os candidatos já começaram a propaganda lá. Como será esse ano? Ninguém sabe! O horário eleitoral está muito modificado. Esse ano será um teste de prova”, analisou.  

Apesar de reconhecer a importância das redes no processo da propaganda, Joviano apontou dois problemas que fazem o eleitor ficar com a pulga atrás da orelha quando se fala em internet. “As redes têm dois problemas: o primeiro é o das bolhas, pois tende a falar para convertidos. E dos últimos tempos tem o problema de credibilidade, pois muitos estão desconfiados com Fake News. Tem gente que esperar ler no impresso ou rádio ou a TV falar para ver o que é verdade”.

Joviano também acredita em um cenário dos candidatos em busca dos indecisos com as inserções.

Para Wilson, a situação vai além de quem ainda não escolheu seu representante. “Provavelmente todo mundo vai ter que falar para os indecisos. Mas tem que falar também para os já convertidos. Tem outros grupos que também estão de olho naquilo que já foi conquistado do adversário e tentar puxar para o seu lado”, explicou.  

Matérias relacionadas:

Presidenciáveis poderão acumular tempo no horário gratuito

O que você precisa saber sobre o horário eleitoral de 2018 no rádio e na TV

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp