Tempo curto e mensagens mais diretas marcam início do horário eleitoral

Diferente do que aconteceu há quatro anos, o tempo do horário eleitoral no rádio e na televisão está reduzido. Na estreia nesta sexta-feira (31), os candidatos tiveram que mandar sua mensagem de uma maneira mais direta diante de um tempo reduzido.

Na campanha para o Senado, um fato logo de cara chamou a atenção: a ausência do prefeito ACM Neto (DEM) na campanha de Irmão Lázaro (PSC) diferente do que ocorreu com Jutahy Magalhães (PSDB), cuja imagem do prefeito de Salvador foi atrelada.

VAI PARAR

Professores da Bahia aprovam paralisação da rede estadual

SUL-AMERICANA

Com ingressos esgotados, Fortaleza recebe o Boca Juniors para tentar manter 100% na Copa Sul-Americana

Tanto o tucano como o social cristão não dão sinais de que farão campanha do voto casado. Será a lógica cada um por si, mesmo fato ocorrido em 2010 na campanha de Zé Ronaldo e Aleluia para o Senado.

Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD) partiram de uma lógica contrária. Reutilizaram a tática da dobradinha feita em 2010 quando Lídice da Mata (PSB) conseguiu ultrapassar Cézar Borges (PR) e colar a imagem da senadora com a de Walter Pinheiro (PT) na época.

Por ser muito próximo a Lula e ter sua imagem extremamente atrelada ao político desde os tempos de candidatura ao governo do Estado, Wagner utilizou bastante a imagem do ex-presidente, candidato no pleito deste ano, cujo registro de campanha está sob análise do TSE. Na rasteira na tentativa de lucrar e grudar neste embalo surgiu Angelo Coronel (PSD).

Fábio Nogueira (PSOL), com seus poucos segundos, trabalhou na lógica do “virado nos 500”, numa tática de popularizar de alguma forma o seu número de campanha.

O voto casado também foi tática do MDB. De jaleco, Jorge Viana se apresentou ao público junto com seu companheiro de chapa, Marcos Maurício (DC).

No âmbito da campanha de deputado estadual vale destacar o da base governista com o surgimento de personagens, tática conhecida das campanhas dirigidas por Sidônio Palmeira. O Zé Correria deve chamar atenção.

No âmbito do Executivo, a propaganda de Zé Ronaldo (DEM) focou “na mudança que vem do interior” e as cidades ligadas ao político: Paripiranga, Cícero Dantas e Feira de Santana, essa última ele foi prefeito por quatros vezes. ACM Neto também surgiu como o principal cabo eleitoral e não houve nenhuma referência ao voto a presidência da República.

O candidato João Henrique Carneiro (PRTB) já apareceu abraçado a Jair Bolsonaro (PSL) nos seus poucos segundos no horário eleitoral. A tática do ex-prefeito de Salvador é o de colar no candidato para tentar se alavancar.

Célia Sacramento (REDE) pediu acessos as suas redes sociais e divulgou pedido de voto à Marina Silva. Marcos Mendes (PSDB) tentou popularizar seu número.

O candidato Rui Costa (PT) focou em vídeos mais informais em suas falas. Entrevista no carro, durante viagens, com referência visual as redes sociais e depoimentos de populares. A música que embala é o forró, inclusive com a voz da cantora muito parecida com a de Solange, ex-Aviões.