Eleições
Vagner SouzaPublicado em 03/09/2018, às 20h19 Alexandre Santos, Henrique Brinco e Juliana Nobre
Enquanto aliados de Zé Ronaldo se dizem contra os ideais de Jair Bolsonaro (PSL), o candidato ao Senado na chapa do demista Irmão Lazaro (PSC) está cada vez mais alinhado ao discurso do presidenciável. Em um discurso polêmico durante a inauguração do comitê da coligação encabeçada por José Ronaldo (DEM), o socialista cristão afirmou que vai lutar contra a ideologia de gênero, o aborto e a legalização da maconha, caso seja eleito.
“A pessoa nasce e não está definida se é homem, mulher ou bicho. Hoje eu estava assistindo a uma entrevista de uma mulher que colocou na cabeça de que ela é uma gata e ela bota orelha postiça, o rabo postiço. É isso que eles querem ensinar nas escolas para nossos filhos. Existem também uma mulher que acha que é um cavalo, que pede para as pessoas baterem nela, ela mora em um estaleiro. Eu quero ser senador da república para dizer 'não' a ideologia de gênero. Eles também querem liberar a maconha para dizer não. Eu já fui drogado e eu quase arruinei a minha vida. Essa substância é horrível. Eu quero ser senador da República para dizer não ao aborto. Abortar por causa da pobreza é uma desculpa barata e eu sou totalmente contra”, bradou.
No palco e na plateia, poucos reagiram às declarações.
Lázaro ainda fez questão de exaltar a memória do ex-senador Antônio Carlos Magalhães. “Concorrer ao Senado é algo que mexe muito com meu coração. Amanhã é aniversário do maior senador que essa terra já conheceu, que é Antônio Carlos Magalhães. Ele era um branco que gostava de preto, que abraçava todo mundo. Deus está me dando a oportunidade de ocupar o cargo que esse homem ocupou”.
De praxe, o postulante ainda cantou durante o ato. Assista:
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