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Após ataque a Bolsonaro, candidatos freiam agressões em campanha

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Apelo a paz será abordado pelos candidatos no horário eleitoral no rádio e na TV   |   Bnews - Divulgação Divulgação/redesustentabilidade

Publicado em 08/09/2018, às 08h34   Redação BNews


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O atentado contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonar conseguiu frear o clima de 'guerra' que marcava a disputa pelo Palácio do Planalto nas eleições 2018 até mesmo pelo pouco tempo de campanha.

De volta às neste sábado, 8, – dois dias após Bolsonaro (PSL) ser esfaqueado durante um ato em Juiz de Fora (MG) –  os adversários adotam um novo discurso: o apelo a paz e, consequente, repúdio à violência.

O ataque será abordado pelos presidenciáveis com tom de conciliação em novos programas de TV e rádio, gravados às pressas sob orientação dos marqueteiros. Agendas públicas preveem carreatas e uma caminhada pela paz.

Se em outras eleições a tensão entre os candidatos ia subindo, gradativamente, com a aproximação das semanas decisivas, nesta campanha mais curta e em meio a um cenário político acirrado a fase de ataques já estava em curso. Bolsonaro, que se notabilizou por um discurso antipetista, era alvo constante de adversários. Agora, a ordem geral é evitar qualquer tipo de crítica mais pesada à biografia do candidato do PSL.

A cúpula da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) se reuniu nesta sexta-feira, 7, e decidiu gravar um programa quase todo dedicado ao atentado em Juiz de Fora e com a mensagem de união e pacificação do País.

Haverá falas de Alckmin e da candidata a vice, Ana Amélia (PP). Até a agressão, o tucano era o que mantinha a linha mais agressiva contra Bolsonaro na TV e no rádio, com comerciais que citavam seu histórico agressivo, especialmente contra mulheres.

Os ataques foram suspensos, ao menos temporariamente. Pesquisas qualitativas definirão o rumo dos comerciais veiculados pela campanha de Alckmin a partir da semana que vem. Por ora, o plano prevê uma fase mais propositiva.

A campanha de Marina Silva (Rede) agendou para o início da tarde deste sábado hoje uma “caminhada pela paz” na rua mais popular de São Paulo, a 25 de Março. 

Alvaro Dias, do Podemos, também mudou o planejamento. Ele regravou o programa eleitoral que será veiculado hoje. A agressão a Bolsonaro vai tirar Dias do seu discurso principal, de exaltar a Operação Lava Jato.

“Interrompo hoje a campanha no rádio e na TV por causa do atentado contra Bolsonaro, espero que ele se recupere logo. Eu sempre soube que não é na faca e na bala que vamos resolver os problemas”, diz o candidato do Podemos no programa. 

“Minha vida inteira foi de combate contra a corrupção, as mordomias e os vagabundos, mas indignação e raiva são coisas bem diferentes. Com ódio ninguém constrói nada.”

Ciro Gomes, do PDT, programou caminhadas em seu reduto eleitoral. Ciro, que também suspendeu críticas mais duras a Bolsonaro, estará em Juazeiro do Norte, no Ceará. As informações são do Estadão Conteúdo. 

Até quinta-feira, o tom belicoso era uma arma eleitoral adotada sem constrangimento por parte dos candidatos. 

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