Eleições

Juristas assinam manifesto contra candidatura de Jair Bolsonaro e seu vice

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo os magistrados, mesmo o postulante convalescendo no hospital após sofrer grave agressão contra a vida, segue incitando a violência  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 27/09/2018, às 11h19   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Um total de 562 juristas assinaram manifesto em repúdio às candidaturas do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e do seu vice General Hamilton Mourão (PRTB), às quais consideram "antidemocráticas e hostis aos direitos humanos". 

No documento os juristas afirmam que quando a comunidade internacional comemora o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Brasil  celebra o 30o aniversário da  Constituição Federal de 1988, é preciso se alertar para "o perigo que corre a sociedade brasileira frente à naturalização de valores de extrema direita e protofascistas" assumidos pela coligação que disputa as eleições em nome da ordem como caminho "velado para a violência, a  censura e a instauração de um governo autoritário e antipopular". 

Segundo eles, mesmo o postulante convalescendo no hospital após sofrer grave agressão contra a vida, segue    incitando a violência "inspirada em valores fascistas" exortados ao longo da carreira política. 

Os magistrados alegam ainda que Bolsonaro continua defendendo posições e projetos de lei racistas, "misóginos, homofóbicos e sexistas” os quais consideram inconstitucionais.

Mais além, afirmam que o candidato adota comportamento criminoso quando expressa de forma pública opinião a favor dos assassinatos e execuções havidos na ditadura civil-militar, elogia torturadores e estupradores e incita violência física contra adversários políticos e ideológicos, estímulo que já produz vítimas de crime de ódio  contra homossexuais, mulheres, negros, migrantes e  militantes identificados com a esquerda.    

O candidato da coligação à vice-presidência, conforme eles, vai pelo mesmo caminho quando faz “apologia da ditadura, homenageia notórios torturadores e defende uma nova Constituição sem o respaldo  de uma Constituinte eleita pelo voto popular”. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp