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Corregedoria do CNJ dá 15 dias para que Moro explique divulgação da delação de Palloci

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Após Moro enviar as informações, o ministro Humberto Martins vai decidir sobre o pedido de liminar de afastamento do juiz  |   Bnews - Divulgação Fotos Públicas

Publicado em 04/10/2018, às 12h07   Redação BNews


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Nesta quinta-feira (4), o corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Humberto Martins, determinou que o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná, apresente em quinze dias explicações sobre a divulgação da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci. A informação é do site G1.

Segundo o site, a decisão foi tomada a partir de representação apresentada ao CNJ pelos deputados federais do PT Paulo Pimental (RS), Wadih Damous (RS) e Paulo Teixeira (SP), que pediram que o juiz seja punido. Após Moro enviar as informações, o ministro Humberto Martins vai decidir sobre o pedido de liminar de afastamento do juiz. O caso corre em sigilo no CNJ.

De acordo com o deputados, a decisão que autorizou a divulgação da delação, na última segunda (1º), é política e tem o objetivo de prejudicar campanhas do Partido dos Trabalhadores.

"O depoimento prestado pelo ex-ministro, conquanto seja de interesse público, não deveria ter o seu sigilo liberado e disponibilizado pela imprensa nesse momento de elevada temperatura política, senão com o deliberado propósito de interferir ilicitamente na disputa que se aproxima e onde o Partido dos Trabalhadores, democraticamente, esponta como um dos preferidos da sociedade brasileira", diz a representação.

Segundo a representação, o país "se encontra totalmente voltado para um disputado processo eleitoral". Afirmam os parlamentares que, recentemente, promotores e procuradores "tentaram desestabilizar determinadas candidaturas e interferir na regularidade do processo eleitoral", o que levou a Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público a apurar a atuação deles. Conforme o pedido, "o juiz federal ora representado vem trilhando esse mesmo caminho". As informações são do G1.

"A postura do Representado é extremamente grave, colocando em dúvida, como dito, sua imparcialidade, na medida em que se utiliza da posição que conseguiu auferir na sociedade, para interferir de maneira indevida no processo eleitoral, sempre com o viés de prejudicar o Partido dos Trabalhadores e suas candidaturas", completa a representação.

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