Eleições

EUA: alta de eleitores brasileiros leva à chamada de mais voluntários

Leandra Felipe/Agência Brasil
Há seções eleitorais em 19 cidades para receber 160 mil pessoas  |   Bnews - Divulgação Leandra Felipe/Agência Brasil

Publicado em 07/10/2018, às 08h10   Agência Brasil


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O aumento de  41% no número do eleitorado brasileiro no exterior, registrando 500.727 pessoas, em comparação às eleições de  2014, fez com que as autoridades diplomáticas convocassem mais voluntários para o trabalho neste domingo (7), sobretudo, nos Estados Unidos. Somente em cidades norte-americanas, a previsão é que 160 mil brasileiros compareçam às urnas.

Os consulados brasileiros recrutaram voluntários e pediram apoio a organização não governamentais. As seções eleitorais nos Estados Unidos foram instaladas em 19 cidades norte-americanas. O consulado de Boston, em Massachusetts, fez campanha para conseguir a quantidade necessária de mesários.

As cidades de Boston e Miami são as que reúnem mais eleitores fora do Brasil, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ambas com 35.044 e 34.356 brasileiros aptos a votar, respectivamente. Nas últimas três décadas, o número de brasileiros residentes no exterior dispostos a votar só aumenta e já registra elevação de 2.707%.

Para as eleições de hoje, estão inscritos 500.727 eleitores em 125 países para votar em mais de 171 cidades e em 33 localidades em que o Brasil não tem representações diplomáticas, segundo o TSE.

Boston - A coordenadora-geral eleitoral do Consulado-Geral do Brasil em Boston, Inês Soares, disse à Agência Brasil que este ano, 250 voluntários trabalham em cinco locais de votação: quatro na região de Boston e um em New Hampshire.

Inês Soares afirmou que o consulado fez um grande esforço para conseguir "recrutar" voluntários, além de ter apoio de algumas organização não governamentais brasileiras na região para conseguir chegar ao número de voluntários necessários.

"Fizemos campanha nas redes sociais e nas rádios locais, que são o maior meio de comunicação da comunidade brasileira em Massachusetts, a embaixadora Glivânia Oliveira, fez um apelo pedindo que as pessoas participassem”, conta Inês.

"Um mesário no exterior não tem obrigação de vir trabalhar nem ganha folga no trabalho como no Brasil. Por isso, a adesão das pessoas que se voluntariaram foi mesmo pelo desejo cívico de colaborar", ressaltou.

Nova dinâmica - Segundo Inês Soares, a dinâmica da votação este ano – em cinco locais – exigiu um número maior de pessoas trabalhando. A decisão de dividir os locais de votação também visa a melhorar o acesso de brasileiros, que, em 2014, tiveram apenas um local para o pleito.

"Aqui há vários brasileiros sem documentação e muitos não têm carteira de motorista do estado e teriam que dirigir ou vir de trem para votar, sendo que muitos não dominam o inglês", disse. “Procuramos atender a comunidade segundo suas necessidades, que no caso era facilitar o acesso ao local de votação.”

Apoio - A brasileira Josiane Carolino vive em Atlanta há 8 anos e este ano decidiu trabalhar como mesária voluntária. Ela disse à Agência Brasil que é a primeira experiência de sua vida trabalhando em uma eleição. "Senti o desejo de ajudar de alguma forma de contribuir com meu país."


"Decidi participar, quando estava em uma reunião da comunidade brasileira, e o consulado disse que precisava de mesários voluntários. Então decidi ajudar", conta Josiane, que é diretora de um campus de uma faculdade na região de Atlanta.

O Consulado de Atlanta concentra brasileiros que vivem em cinco estados. Além da Geórgia, Alabama, Mississippi, South Carolina e Tennessee. Neste sábado (6), em grupos no Facebook, brasileiros dessas regiões compartilhavam informações sobre a votação. Alguns organizaram caravanas para Atlanta somente para votar.

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