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Wagner projeta vitória de Haddad "se as pessoas tiverem mais medo de Bolsonaro do que raiva do PT”

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Coordenador da campanha petista aguarda "apoio mais contundente" de Ciro Gomes no segundo turno  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 15/10/2018, às 17h32   Folhapress



Coordenador da campanha de Fernando Haddad à Presidência, o ex-governador da Bahia e senador eleito Jaques Wagner afirmou, nesta segunda-feira (15), que a melhor estratégia para uma vitória na corrida presidencial seria o lançamento de Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto.

Repetindo ser defensor de alternância de poder e do fim da reeleição, Wagner fez essa avaliação ao comentar uma proposta da senadora Katia Abreu que sugeriu a substituição de Haddad por Ciro Gomes para garantir a eleição.

Wagner disse que esse era um assunto superado, mas ressaltou sempre ter defendido um acordo com Ciro. Questionado, então, se essa seria a melhor estratégia para o campo de esquerda, Wagner concordou, sob o argumento de que a campanha de Jair Bolsonaro se resume ao ataque ao PT.

"O que eles têm a dizer? É anti-PT. É anti-PT".

Embora reconheça que o PT está estigmatizado, segundo suas próprias palavras, Wagner disse ter esperança de que o medo de Bolsonaro derrube resistências a Haddad neste segundo turno.

"Se as pessoas tiverem mais medo dele do que raiva do PT, podem votar no Haddad. Não precisa amar o PT".
Wagner disse ainda ter esperança de uma declaração de apoio mais contundente de Ciro: "Não vou jogar a toalha. Ele pode enviar um live de onde ele estiver", disse o ex-governador em referência ao fato de Ciro estar na Europa.

Wagner acrescentou: "Alguém me disse que ele voltaria antes e anunciaria o apoio mais contundente".
Segundo Wagner, Haddad defende a amplitude das alianças como saída para a situação.

Também integrante do comitê eleitoral petista, o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, afirma que "essa campanha foi feita no submundo". Segundo ele, as fake news estão deformando a vontade popular e as autoridades não estão atacando sua matriz.

"A atuação do TSE está sendo frágil para combater o estímulo à violência na campanha. O TSE tem que coibir a fábrica de fake news", diz.

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