Marta Suplicy declara frustração com opção de Lula
Ex-presidente “bancou” a pré-candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo |
Publicado em 19/11/2011, às 00h56 Redação Bocão News
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O Partido dos Trabalhos tem uma dinâmica bastante peculiar quando o assunto é a movimentação interna para pleitear cargos. Prova disso foi dada há pouco tempo quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo e fechou com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para ser o candidato à capital paulista.
No páreo estava a senadora e ex-prefeita da cidade, Marta Suplucy, que não gostou nada da decisão impositiva. Em entrevista à Folha de São Paulo, publicada nesta sexta-feira, Marta afirmou estar “frustrada” com a decisão, mas que riria trabalhar para guardar os sentimentos “no armário”. Apesar de a própria declaração ir de encontro à promossa.
A senadora petista considerou um erro estratégico do partido a opção pelo ministro. “Agora vamos nos empenhar muito para que se transforme num acerto", disse à Folha.
A ex-pré-candidata colocou a escolha na conta de Lula. A decisão vai de encontro ao propagado pelo partido de que a militância e dirigentes têm direitos à opinar nestas situações. "Foi uma decisão do Lula. Ninguém tinha tido essa ideia brilhante", disse a ex-prefeita, em tom de ironia.
A reportagem da Folha revela ainda que Marta se mostrou contrariada com a versão, difundida por integrantes do governo, de que teria pedido a Dilma que encenasse um apelo para justificar sua desistência. "Foi um apelo dela. Não sei se de coração ou seguindo algo combinado com o Lula."
Na Bahia, o PT teve que lidar com situação similar. A despeito de Camaçari passar ao largo das grandes questões econômicas, políticas e sociais dentro da estratégia petista, o prefeito de lá, Luiz Caetano teve que gastar muita saliva para fazer com que o deputado estadual Bira Corôa declinasse da pré-candidatura e apoiasse Ademar Delgador, atual secretário de Relações Institucionais da prefeitura. A insatisfação também pairou por aqui, mas assim como lá, se dissipou. Ao menos por enquanto.
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O Partido dos Trabalhos tem uma dinâmica bastante peculiar quando o assunto é a movimentação interna para pleitear cargos. Prova disso foi dada há pouco tempo quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo e fechou com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para ser o candidato à capital paulista.
