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Eleições 2020: Vitória da Conquista tem bons indicadores em saúde, mas enfrenta alto índice de violência

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Município do sudoeste baiano já foi elencado como a 11ª cidade mais violenta do mundo em 2017, mas tem visto a taxa cair nos últimos anos  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 13/03/2020, às 20h01   Luiz Felipe Fernandez



Com um passado triste de massacre a povos indígenas, principalmente Mongoiós, Aimorés e Pataxós, Vitória da Conquista lida não só com o crescimento digno da maior cidade do sudoeste baiano, mas também com uma alta taxa de violência que assombra o município há muitos anos. Os casos têm diminuído, mas a taxa de homicídios ainda é uma das mais altas do estado. Em 2017, de acordo com relatório anual da sociedade civil mexicana Segurança, Justiça e Paz, a 'Suíça baiana' ficou na 11ª colocação em um ranking mundial de cidades violentas.

Por outro lado, a cidade administrada pelo prefeito e jornalista Herzem Gusmão (MDB) pode ser considerada um bom exemplo para municípios baianos na área da saúde. Além de ter hospitais particulares premiados, como o Hospital Samur - que venceu o prêmio Benchmarking Saúde Bahia como a melhor instituição de saúde particular do interior do estado -, a saúde pública também tem bons indicadores. Desde 1998, quando foi implantado o Programa de Saúde da Família, Vitória da Conquista tem tido reconhecimento nas áreas de educação básica, assistência à crianças e adolescentes, e é um importante polo para municípios vizinhos.

Considerada um forte centro econômico da região, a cidade se destaca pelo comércio, atraindo importantes lojas e supermercados. A produção agrícola e pecuária também tem grande importância para a economia local, principalmente pela plantação e comércio de milho, mandioca, feijão e algodão. No entanto, o setor terciário (serviços) ainda é responsável por cerca de metade dos empregos gerados.

Na educação, apesar de ainda estar abaixo das metas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), Vitória da Conquista abriga boas escolas públicas e universidades, como a Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB) e particulares como UCSAL e UNOPAR, ampliando a possibilidade de acesso ao ensino superior.

De acordo com levantamento do IBGE de 2010, última data em que foi feita a medição (a cada dez anos), a cidade apresentou um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,678, o 16° do estado.

ECONOMIA 
Em 2017, o salário médio mensal era de dois salários mínimos. A proporção de pessoas empregadas em relação à população estimada de 338 mil pessoas é de 22.2%. O PIB per capita na cidade é de R$ 18.589,99, o 38° colocado na Bahia.

EDUCAÇÃO
A taxa de escolarização entre crianças e adolescentes, de idades entre 6 e 14 anos, é de 96,8%. A nota na avaliação do IDEB para o Ensino Fundamental foi de 4,7. No Ensino Médio, a nota foi ainda menor: 3,6. 

VIOLÊNCIA
Em 2017, no relatório da sociedade civil mexicana, Vitória da Conquista apresentou uma taxa de 70,26 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2018, a cidade caiu para 22ª posição, com uma taxa de 50,75. O município faz parte das 123 cidades que concentram metade das mortes violentas no país.

SAÚDE

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 14.80 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 1.3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com os 417 municípios do estado, fica nas posições 211 e 205, respectivamente.

Classificação Indicativa: Livre

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