Eleições

Atacado em debate, Barral se defende: "Ninguém dá pedrada em árvore que não dá fruto"

Adenilson Nunes/Arquivo BNews
Em entrevista ao BNews, secretário municipal de Educação defendeu seu legado e não poupou críticas a Hilton Coelho, Olívia Santana e Bacelar  |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes/Arquivo BNews

Publicado em 03/10/2020, às 17h58   Luiz Felipe Fernandez e Marcos Maia


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Dois dias após ser sido referenciado de forma negativa durante o primeiro debate entre candidatos a prefeitura de Salvador, o secretário municipal de Educação, Bruno Barral defendeu seu legado durante entrevista ao BNews neste sábado (3). “Ninguém dá pedrada em árvore que não dá fruto”, opinou.

Durante programa exibido pela Band Bahia na noite da última quinta (1), os deputados estaduais Hilton Coelho (PSOL) e Olívia Santana (PCdoB) protagonizaram uma dobradinha sobre o trabalho de Barral. Ele questionou ela se, uma vez eleita, manteria no comando da Educação municipal um secretário como o atual.

O questionamento fez referência a comentário de Barral sobre os melhores alunos não quererem virar professores. “Você tem Olívia Santana que foi secretária do município de Salvador. Você vai olhar dados e resultados de Olívia como secretária, e foram zero. Salvador continuou como a pior capital do País em termos de qualidade, desenvolvimento, infraestrutura. Pelo contrário, era compra de sapato 42 pra menino que calça 28”, disparou.

Barral também criticou o desempenho geral de Coelho no debate, com ênfase na sua proposta de escolher os secretários de Saúde e Educação, por exemplo, por meio de uma convenção. Na avaliação do atual secretário de Educação, “isso não existe”. Barral também disse que gostaria de sentar e conversar com o deputado por 30 minutos.

“Olha o nível de Hilton. A mulher dele é coordenadora pedagógica da rede, tem seis turmas de coordenação, e reclama aos quatro ventos do trabalho”, disse. Barral também não poupou críticas a gestão do deputado estadual João Carlos Bacelar, e também candidato a prefeito nestas eleições, na Secretaria Municipal da Educação de Salvador durante a gestão de ACM Neto (DEM).

Bacelar deixou a gestão em 2013, ainda durante o primeiro mandato do democrata. Barral diz que ele foi demitido em virtude de sua performance, para “poder assumir uma outra pessoa que pudesse entregar qualidade”. “Uma pessoa boa, legal, bom político mas péssimo técnico”, avaliou. 

Em publicação institucional realizada em 30 de julho de 2013, Bacelar falava do seu desligamento da pasta. Na ocasião ele disse que resolveu entregar o cargo ao por achar que concluiu um ciclo à frente da secretaria

Barral destaca que em quase três anos na pasta, colaborou para incluir Salvador entre as três capitais que mais avançou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e primeiro lugar em cobertura de pré-escola. “Estão batendo no fato, mas não no resultado. Nenhum deles alcançou, nem vai alcançar. Não adianta ficar querendo jogar pra plateia”, disse. 

Sobre sua fala referenciada no debate, Barral reclamou que sua afirmação durante uma entrevista foi editada de forma “maldosa” e descontextualizada. “Nós deveríamos incentivar os jovens a fazer curso de pedagogia. Hoje os melhores alunos não querem fazer isso, porque não são estimulados. Não quero dizer que todo mundo que faz é ruim, os melhores não estão sendo incentivados a fazer. Não quer dizer que quem faz é ruim, pelo contrário”, concluiu.

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