Itabuna: Augusto tenta mais uma vez o cargo de prefeito e mira em infraestrutura e educação

Augusto Castro (PSD), candidato à prefeitura de Itabuna, no sul do estado, ficou em terceiro lugar na corrida eleitoral de 2016, uma pequena porcental o afastou do segundo colocado Dr. Mangabeira (PDT) que teve 18.813 votos (26,41 %). Augusto levou 17.903 (25,13%). Neste ano, os dois vão se enfrentar mais uma vez.

Castro chegou na corrida eleitoral de 2020 mais confiante. Já foi deputado por duas vezes e a última campanha como candidato à prefeito foi fundamental, diz ele, para que o seu nome ficasse ainda mais conhecido na cidade que é o quinto maior colégio eleitoral do estado.

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Não será fácil, no entanto, vencer o seu opositor Capitão Azevedo (PL), o quarto colocado em 2016, que ficou com 17.257 dos votos válidos (24,22%). Por lá, os eleitores ouvidos pelo Bnews disseram que a briga entre os dois é proporcional. 

O candidato do PSD, trouxe para compor sua chapa, um jovem vereador da cidade, o Guinho, que fala sobre inovação e educação. Quer, por exemplo, investir em gameficação e defende a construção de um centro para capacitar jovens.

"O mundo hoje é digital e precisamos encarar essa realidade tendo em vista que a cidade tem diversas faculdades e profissionais com qualificação, por isso a ideia de um vice com esse perfil", disse Castro.

Confira entrevista:

Como está sendo fazer campanha tendo que manter o distanciamento do seu eleitorado?

Vivemos nesta realidade de fazer campanha em meio à pandemia e nós precisamos encarar esse novo normal no Brasil com responsabilidade, fazer com todos os cuidados, como orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS) e nossas autoridades sanitárias. Fazemos campanha pelas redes sociais e TV. No caso de Itabuna, a influência da TV é muito grande, temos a TV Globo e a Record e uma TV local, isso facilita pois assim cada eleitor pode conhecer as propostas dos seus candidatos. Quem tem um grau de conhecimento como eu, que já fui deputado por duas vezes e candidato a prefeito na eleição passada, acaba tendo uma vantagem porque é mais fácil do eleitor identificar. A aceitação e popularidade está bacana. 

Como pensar em uma Itabuna pós-pandemia tendo em vista a queda da receita e o número de pessoas que perderam seus empregos formais?

Itabuna é uma cidade grande, hoje tem um grande potencial de comércio e serviço. Qualquer município pós-pandemia vai ter que trabalhar em muito e buscar investimento na área social para poder levar assistência social à população. Itabuna é uma cidade com mais de 200 mil habitantes, mas todos os municípios pós-pandemia terão que investir muito para criar uma tranquilidade. Vai ter que se reinventar, diminuir os custos e contratação de cargos de confiança para sobrar dinheiro para fazer obras de infraestrutura, que é nossa bandeira, além do social, com uma equipe técnica capaz de tirar a cidade dessa triste realidade. 

Você apostou em um vice jovem que defende em seu discurso a importância da educação e inovação na cidade. É o que te diferencia dos outros candidatos?

Nós temos uma chapa com o vice, Guinho, que foi candidato a deputado, é um vereador atuante e membro da juventude da igreja católica. Nós precisamos investir muito na educação de Itabuna pós-pandemia, quer dizer, colocar os alunos na sala de aula, ter uma merenda de qualidade e buscar inovação, com tecnologia e WI-FI. Um investimento maciço na educação. O mundo hoje é digital e precisamos encarar essa realidade tendo em vista que a cidade tem diversas faculdades e profissionais com qualificação, por isso a ideia de um vice com esse perfil. 

Rui Costa é um gestor bem avaliado. Aqui, em Itabuna, há três partidos da base, mas, até o momento, nenhum apoio formal. Acha que isso poderia mudar tudo?

Ele é bem avaliado em todo o interior. Em Itabuna, avaliação do governador chega a mais de 70%, ele tem muita força, mas acho que ele não vai se envolver em Itabuna, porque você tem aqui três candidatos da base do governo, então isso gera desconforto. Ele é inteligente e um bom administrador e sabe que quem ganhar as eleições vai precisar dele, dos investimentos. 

A imagem da cidade foi projetada de forma negativa durante a pandemia com declarações polêmicas sobre a pandeia. Como mudar isso?

Uma declaração infeliz de um homem público. Sabemos as dificuldades na área da saúde, a Atenção Básica é de péssima qualidade, precisamos avançar nisso. É um município que recebe muitos recursos federais, recebeu na pandemia quase R$ 30 milhões e não foi feito nada, sequer um hospital de campanha para combater. Tenho esperança, que com a nossa experiência, vou conseguir viabilizar muitos recursos, já que fui deputado. Tenho certeza que se for prefeito, nosso primeiro ato será o investimento maciço na área da saúde. Vou reabrir o Hospital São Lucas para ser 100% SUS. Saúde não espera, tem de ser prioridade de qualquer governo. 

*Repórter esteve na cidade para cobrir as eleições municipais