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"Concordamos que Neto não tem condições de governar Salvador"

Imagem "Concordamos que Neto não tem condições de governar Salvador"
A declaração é do candidato Nelson Pelegrino ao comentar a acusação de que haveria um "jogo combinado"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/10/2012, às 14h22   Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)


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Restando cinco dias para a realização das eleições os candidatos à prefeitura de Salvador confrontaram ideias no debate promovido pela TV Aratu. Os momentos mais intensos foram proporcionados, novamente, pelo embate entre Mário Kertész (PMDB) e ACM Neto (DEM). Nelson Pelegrino (PT) correu por fora, assim como os outros três postulantes – Hamilton Assis (Psol), Márcio Marinho (PRB) e Rogério da Luz (PRTB). O peemedebista e o represente do DEM já haviam se digladiado no último encontro televiso realizado na segunda-feira (1).

Ao sair do estúdio, ACM Neto declarou à imprensa que o debate havia mostrado que “de fato existe um jogo combinado entre alguns candidatos, mas que este jogo acabaria no domingo”. Questionado sobre a afirmação do candidato do DEM, Pelegrino afirmou que se havia algo combinado entre ele e Mário Kertész era a convicção de que ACM Neto não teria condições de governar Salvador.

“Há um entendimento entre a minha candidatura e a de Mário Kertész de que ACM Neto não tem condições de governar Salvador. Não tem experiência, não tem partido, não tem projeto, não consegue reunir condições para governar a cidade”.

Quando chegou à sede da emissora, localizado no bairro da Federação, Kertész mostrou a pré-disposição de discutir política no debate em detrimento da apresentação de projetos. Saiu insatisfeito, conforme explicou, após o confronto.

“O debate ficou muito em proposta. O debate é a discussão de ideias, não a de propostas. Esta é uma visão de marqueteiros, eu concordo com o candidato Hamilton Assis, esta é uma visão equivocada de marqueteiro. A gente precisa se mostrar. Mostrar o caráter, se fica esquentado ou não, se a gente diz que vai dar uma surra no presidente ou não vai”.

Foi pouco antes do debate que Neto também abordou o assunto. “Ontem, eu pude apontar para toda a Bahia um Mário Kertész que estava raivoso, preconceituoso. Eu acho que ele se mostrou com pouco equilíbrio. Eu acho que a cidade não pensa igual a ele, tanto não pensa que eu estou muito na frente dele”.

A argumentação do representante dos Democratas perpassa pelos resultados das pesquisas divulgadas no estado, contudo, Neto se recusa a comentar os levantamentos diretamente.

Para Pelegrino, mais importante que discutir números é demonstrar a posição de seu adversário, que , segundo ele, sempre esteve ao lado do atual prefeito João Henrique e, por isso, faz questão de brigar com os governos federal e estadual, principalmente em temas que são da alçada da prefeitura.

O candidato do Psol adotou outro tom na crítica. Hamilton acredita que as discussões entre os três candidatos esconde a verdade por trás das campanhas. Na avaliação dele, o problema é saber quem vai comandar o prefeito. “vai continuar sendo mandada (a prefeitura) pelas máfias do transporte e da especulação imobiliária, que fez a Louos e o que quis, ou será outra proposta”.

Propostas

Entre uma e outra proposta para resolver os problemas de tráfego, arrecadação, educação, saúde e de outros setores de responsabilidade da prefeitura, os candidatos priorizam o embate em torno da construção do metro.

A discussão se concentrou em questionar se era mais interessante investir no metro da Paralela ou levar o infindável tramo 1 até Cajazeiras, mas este é um assunto que ainda não terminou e no próximo encontro, agendado para a quinta-feira (4), deve ser retomado, mesmo que na oportunidade, não se chegue a lugar nenhum.

Matéria originalmente publicada às 02h27 do dia 03/10.


Foto: Roberto Viana // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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