Deputados votam projetos sem maiores embates. Olhos estão voltados para segundo turno |
Publicado em 17/10/2012, às 08h42 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
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Com o retorno das atividades deliberativas em plenários, os deputados estaduais da Bahia aprovaram dois projetos nesta terça-feira (16). A ressaca eleitoral ainda pode ser sentida e a realização de segundo turno em Salvador e Vitória da Conquista compromete as atividades parlamentares.
Os deputados assumem que o foco está na disputa eleitoral sem constrangimento, inclusive, antes da sessão de hoje, os membros da base governista se reuniram para almoço a convite de Nelson Pelegrino. O petista pediu o apoio e o empenho de todos na eleição da capital.
Neste momento houve também o apelo para que as eventuais insatisfações “naturais” no processo político fossem deixadas de lado em prol, outra vez, do projeto de fortalecimento do “time” que governa o Brasil e a Bahia. Até que ponto esta solicitação será atendida é outro assunto.
Paz
Dois dos três projetos que estavam na pauta foram votados. O que institui o conselho estadual dos direitos das pessoas com deficiência foi adiado por um pedido de vista. Deve ser retomado na próxima semana.
O projeto de lei que prevê alienação de uma área de 600 mil m² para ampliação do Centro Industrial do Subaé (CIS) foi aprovado por unanimidade. Além de representar um avanço, a matéria demonstra como o encerramento de uma disputa eleitoral pontual pode colaborar para o andamento da casa.
Após sucessivas discussões em plenário, Carlos Geilson (PTN), deputado de oposição e defensor da candidatura – vitoriosa – de José Ronaldo (DEM) em Feira de Santana, e o líder da bancada de governo, José Neto (PT), se entenderam e aprovaram em sintonia o projeto.
A assessoria de Geilson enviou nota à imprensa comemorando a aprovação. “De autoria do executivo, o PL teve como relator o deputado Carlos Geilson (PTN), que defendeu na Casa a ampliação do CIS junto ao líder do governo, deputado Zé Neto (PT)”. Deputado de oposição dificilmente relata projetos do governo.
“Esta é uma grande conquista para Feira de Santana, que vai refletir na geração de emprego e renda. A busca de benefícios para o município está acima de qualquer diferença partidária e sempre que o governo tiver iniciativas que favoreçam a população daremos apoio”, frisou Geilson.
Assunto encerrado, os deputados se debruçaram sobre o projeto de lei que autoriza o governo do estado a captar junto à Caixa Econômica Federal (CEF) R$ 126 milhões para utilizar como contraproposta em projetos de habitação, saneamento e infraestrutura urbana.
Guerra
A paz, no entanto, promete durar pouco. Os deputados da bancada governista estão empenhados na candidatura de Pelegrino. Já os de oposição continuam trabalhando para eleger ACM Neto e Herzem Gusmão (PMDB) em Vitória da Conquista. Conquista é capítulo à parte nesta conjuntura.
A cidade do sul do estado é governada por petistas há quatro mandatos consecutivos. Se o atual prefeito, Guilherme Menezes, for reeleito, Vitória da Conquista entra para a história do PT como o município onde o partido venceu o maior número de eleições ininterruptamente.
Em caso de derrota lá, mesmo com uma eventual vitória em Salvador, os petistas ficariam sem duas das três maiores cidades do estado. Em Feira de Santana, a oposição fez o “dever de casa” e elegeu no primeiro turno o favorito, José Ronaldo (DEM). Se o PMDB vencer em Conquista, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima pavimentam ainda mais a candidatura peemedebista para 2014.
Na Assembleia as atenções estão mais voltadas para Salvador, mas ninguém dúvida mais da capacidade de o jogo ser virado no sul do estado. Na capital, a disputa é de porta em porta e os dois times estão em campo. Projeto para o estado só depois do resultado final do pleito em 28 de outubro.
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