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Gerusa tem diplomação cassada e perde mandato em Pojuca

Imagem Gerusa tem diplomação cassada e perde mandato em Pojuca
Após muita confusão e manifestação, prefeita perde direito de comandar a cidade por mais quatro anos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/12/2012, às 17h14   Alessandro Isabel (Twitter: @alesandroisabel)


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O Juiz Plantonista do Tribunal Regional Eleitoral do Estado da Bahia (TRE/BA), Cássio Miranda, indeferiu na noite de quarta-feira (26) o registro de diplomação da prefeita de Pojuca, Gerusa Laudano (PSD), que foi reeleita com 4.880 votos na eleição do dia 7 de outubro. Com a decisão, Gerusa perde o mandato no próximo dia 31 de dezembro.  

A confusão na cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS) teve inicío com o indeferimento da candidatura de Antônio Jorge de Aragão Nunes (PDT), conhecido como Dr. Toinho, que teve o registro cassado a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA), com base na Lei da Ficha Limpa. 

Dr. Toinho recebeu a maioria dos votos nas urnas, mas não foi o bastante para garantir a vitória por ter ficado inelegível ao ser condenado por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio.


De acordo o presidente da Câmara de Vereadores de Pojuca, Edmar Cordara (PDT), o próximo prefeito da cidade será conhecido no dia 1º de janeiro. “Segundo o regimento, os 13 vereadores terão que decidir em votação quem deverá assumir a prefeitura até que a justiça determine o que será feito. Provavelmente uma nova eleição”.

O presidente garante que não irá para a reeleição e portanto não deverá ser prefeito da cidade. “Eu não vou disputar, mas estou apoiando a vereadora que tem a maioria dos 13 votos. Provavelmente ela será a nova prefeita e eu sendo o vice na chapa dela continuarei sendo o presidente da Câmara”, conta Edmar.

As duas chapas que disputam a presidência da Câmara de Pojuca são formadas por Cristina (PDT) - representa o candidato Dr. Toinho -, e Adriano De Biriba (PSD) – representando Gerusa Ludano. De acordo com Edmar, Cristina tem o apoio de oito vereadores e deverá ser eleita a nova prefeita da cidade.




Após a decisão ser divulgada na noite de ontem os moradores da cidade foram às ruas comemorar. "Estamos livres. O povo não quer ela mais mandando em nossa cidade. A festa foi bonita e estamos orgulhosos de termos conseguido vencer essa batalha. A união dos moradores fez toda a diferença e estamos aliviados", comemora a confeiteira Mária Gertrudes.

Manifestações - Nesta quarta-feira (26), um grupo de moradores da Pojuca estiveram na frente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), para protestarem contra a diplomação de Gerusa Laudano. A população solicitava aos parlamentares uma nova eleição na cidade.“Queremos que seja aberto um novo processo de eleição para prefeito na cidade, já que Gerusa Laudano teve menos de 50% dos votos válidos, assim como foi feito em Camamu, seguindo o artigo 224 do código eleitoral. Porque a lei não está sendo aplicada em Pojuca? Vamos protestar na porta do TRE”, disse o presidente da Câmara do Município, Edmar Cordara Farias (PDT).

No último sábado (22), os moradores se reuniram para protestar na BA-093, onde fica localizada a praça do pedágio da concessionária Bahia Norte. Cerca de mil pessoas queimaram pneus na pista e barraram a passagem dos veículos, causando grande congestionamento na via. Desta vez, os pojucanos foram para a Assembleia e chegaram a conversar com o presidente da Alba, Marcelo Nilo.

 O Tribunal Superior Eleitoral tinha divulgado na tarde de sábado (22), as hipóteses que impedem a diplomação de candidatos a prefeito poder ou não ser diplomados e tomar posse a partir de 1º de janeiro de 2013. Segundo o órgão, as proposições variam de acordo com o andamento de seus processos na Justiça Eleitoral e o resultado do pleito.

De acordo com a publicação, o candidato que obteve mais de 50% dos votos válidos e concorreu com o registro negado, com indeferimento mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não pode ser diplomado e, consequentemente, empossado. Assim, um novo pleito, por meio das chamadas eleições suplementares, terá de ser realizado.

“A partir desta determinação do TSE, entendemos que a diplomação da prefeita Gerusa Laudano, com apenas 20% dos votos, foi uma decisão arbitrária do juiz da comarca de Pojuca”, complementou o presidente da Câmara do Município, Edmar Cordara.


Nota originalmente postada às 8h do dia 27

Classificação Indicativa: Livre

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