A construtora baiana R. Carvalho não deverá reiniciar obras de condomínios em Feira de Santana, ao contrário do que anunciou recentemente em nota pública. A construtora vai demitir todos os 5,2 mil funcionários, destes 4,2 mil atuam em suas obras na cidade.
Os contratos foram reicindidos sob alegação de que a empreiteira não teria recursos para tocar as 28 obras espalhadas pela Bahia. A construtora se comprometeu com o Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a pagar até sexta-feira (22) a pagar os salários atrasados do mês de junho de todos os empregados, um montante de R$ 5 milhões.
A informação foi passada pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Cecílio de Jesus e do presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Fetracom), José Nivaldo, após participarem de uma reunião em Feira com representantes da R.Carvalho e MPT.
"Os operários estão recebendo agora a primeira quinzena do mês de junho. A segunda quinzena vai ser quitada junto com a rescisão contratual dos trabalhadores, que deve acontecer no mês de agosto. No dia 27 vai haver uma reunião, às 11 horas, para definir a data da rescisão em massa", informou Cecílio de Jesus.
As demissões são datadas do dia 19 de julho. Segundo Cecílio, as companhias OAS, L. Marquezzo e Tenda devem absorver os trabalhadores. “Só uma empresa vai contratar 1 mil pessoas”, disse Cecílio, otimista.
Dias atrás, a superintendência da Caixa Econômica Federal anunciou que, caso a R. Carvalho não pudesse continuar as obras, outras construtoras devem assumir os trabalhos.
