Em 2015, o Axé Music voltou a chamar a atenção do país fora do Carnaval por completar 30 anos de existência, desde que foi batizado com tal nomeação. Mas, a repercussão do ritmo baiano não agrada muita gente, inclusive, o escritor brasileiro e jornalista, Ruy Castro, que fez duras críticas ao gênero.
Em entrevista ao portal ZH Entretenimento, o escritor, que é um dos principais nomes responsáveis por resgatar a memória musical do país, enfatizando ritmos como samba e bossa nova, descreveu o Axé como porcaria, assim como outros ritmos que dominam o mercado da música atualmente ao ser questionado sobre o legado do samba-canção no atual cenário musical brasileiro.
"Cenário atual? Legado? Nenhum. Nem do samba-canção, nem do samba propriamente dito, nem da bossa nova, e nem de qualquer ritmo brasileiro. Fomos reduzidos a porcarias como axé, sertanejos e padres cantores. A boa música brasileira hoje não pode contar com as gravadoras, nem com o rádio, nem com a televisão, nem com as casas de shows e nem com ninguém. Os últimos grandes cantores, se quiserem se apresentar, têm de pagar para cantar. Há muita gente fazendo coisa boa, mas escondido, sem a menor chance de penetrar no mercado", afirmou.
Publicada originalmente às 9h do dia 11 de janeiro
