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Orquestra Sinfônica da Bahia entra em decadência e concertos ficam ameaçados

Publicado em 29/02/2016, às 11h23   Tiago Di Araujo (twitter: @tiagodiaraujo)


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"A gente não é uma orquestra mais. É uma orquestra pela metade". Essas são as palavras de Laura Jordão, violonista da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), que "denuncia" a situação precária do grupo. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, músicos falaram do momento difícil que a filarmônica atravessa devido à falta de verbas que acarreta no número reduzido de instrumentistas. 
"Uma orquestra com apenas cinco violinos, onde dois ficam doentes e não dá pra fazer programa nenhum, fica inviável desse jeito. A música de orquestra no País está sofrendo muito", disse o trompetista, Adelson da Silva, há 15 anos integrando a orquestra. Declaração que é intensificada pelo regente Carlos Prazeres. 
Segundo ele, a Osba "não pode ser chamada quiçá de Orquestra de  Câmara da Bahia, pois ela precisaria de mais músicos do que ela tem. Pra agravar a situação, a nossa formação não é orgânica, ou seja, a quantidade de sopros não é proporcional a quantidade de cordas, então muita gente fica sem conseguir tocar”, revela. 
Porém, o maestro acredita que o secretário de Cultura do Estado, Jorge Portugal, consiga uma solução. "Eu tenho certeza que o Jorge Portugal vai conseguir nos ajudar, dar um jeito da gente pelo menos, se não neste momento ser a primeira orquestra do País, pelo menos que a gente continue existindo e levando música de qualidade ao povo baiano, que nos segue e nos apóia como nunca antes na história". Jorge Portugal não foi encontrado para falar sobre o assunto. 

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