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‘Homofobia de Bolsonaro é da boca para fora’, diz Regina Duarte

Ze Carlos Barretta/Folhapress
Para a atriz Regina Duarte, declarações do candidato são fruto de ‘jeito masculino’  |   Bnews - Divulgação Ze Carlos Barretta/Folhapress

Publicado em 26/10/2018, às 09h58   Redação BNews



A Regina Duarte, que declarou apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, em entrevista ao jornal o Estado de São Paulo que ele “tem uma alma democrática”.

Ela explicou que interpreta as declarações consideradas homofóbicas e racistas do candidato como frutos de um homem com um “humor brincalhão típico dos anos 1950, que faz brincadeiras homofóbicas, mas que são da boca pra fora, coisas de uma cultura envelhecida, ultrapassada”.

“Mas, quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca pra fora, um jeito masculino que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha. Eu tinha algumas opções de voto, como o (Geraldo) Alckmin e o (João) Amoêdo, mas, nesse momento, me caíram fichas inacreditáveis, como as omissões do PSDB. Foi tudo ficando muito feio. Quantos equívocos, quantos enganos! Foi quando notei o tamanho da adesão desse país ao Bolsonaro e pensei: eu sou esse país, eu sou a namoradinha desse país”, disse ao jornal.

Ao jornal, ela conta que a situação é diferente da vivida em 2002, quando foi muito criticada ao revelar seu temor pela primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. “Eu estava completamente alienada, pois o Lula já havia ganhado”, afirma. “Não me arrependo, mas, se pudesse voltar no tempo, teria me informado melhor sobre o que estava acontecendo naquele momento. O País queria o Lula e fui dar a cara a tapa à toa”.

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